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Guimarães
(Delfim
da Silva).
n. 1821.
f.
Negociante
no Brasil, director da Real Companhia de Fiação e Tecidos de
Tomar, etc.
Nasceu
em Negrelos concelho de Santo Tirso, em 1821, e aos dez anos de
idade, em 1831, foi para o Porto empregar-se no comércio.
Assistiu
às calamidades do cerco, e depois de terminada a campanha da
Liberdade, partiu em 1834 para o Maranhão, seguindo a mesma
carreira mercantil. Dotado de animo altivo e empreendedor e de não
vulgar sagacidade, soube manter-se e elevar-se na sua. vida
comercial, que se salientou entre a colónia portuguesa. Juntamente
com outros negociantes fundou o Gabinete português de leitura, no
Maranhão, sociedade que prestou muitos serviços à instrução e
aos desvalidos. Fez depois parte da primeira comissão, que teve
exercício junto do consulado de Portugal, na mesma cidade.
Em
1871 regressou a Portugal, depois de trinta e sete anos de ausência,
resolvido a fixar a sua residência definitiva em Lisboa. Tencionava
descansar, mas não o deixaram na sua inactividade os amigos, que o
conheciam como um hábil administrador, e por isso o nomearam
director da Real Companhia de Fiação e Tecidos de Tomar. Em 1878,
a Companhia de Papel do Prado atravessava uma grave crise, difícil
de resolver, e foi pedida a coadjuvação de Delfim Guimarães. A
companhia salvou-se, não hesitando o novo administrador de levantar
capitais até mesmo sob a sua responsabilidade pessoal. Só depois
de lhe haver assegurado uma existência desafogada e restabelecido o
crédito, é que deixou a direcção da Companhia, por não poder
dedicar-lhe todos os cuidados que a sua boa vontade exigia.
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