Henri Delaborde

 


Delaborde Delaborde, Henri-François
Conde do Império Francês

n: 21 de Dezembro de 1764 em Dijon (França)
m: 3 de Fevereiro de 1833 em Paris (França)



Educado para padre, alistou-se como soldado em 1783 no Regimento de Condé, por um motivo desconhecido, sendo ainda cabo em 1791, quando foi licenciado. Eleito tenente em 1791 no Regimento de Voluntários de que também fazia parte Junot, alcançou o posto de general de Divisão dois anos mais tarde, tendo-se distinguido no cerco de Toulon de 1793. Após a conquista desta cidade, foi enviado para os Pirinéus-Ocidentais onde comandou a célebre "Coluna Infernal." Seguiu-se um período de serviço nos exércitos da Alemanha até 1801, época em que foi atacado por crises agudas de reumatismo. Possivelmente por esse motivo, não participou nas campanhas de 1805 a 1807 com o "Grande Exército," sendo comandante do campo de instrução de Pontivy a partir de Fevereiro de 1807.

Em fins de 1807 foi nomeado comandante da 1ª divisão do Corpo de Observação da Gironda, sendo Governador Militar de Lisboa durante o período da 1.ª Invasão Francesa. Derrotado na Roliça pelo general britânico Wellesley, futuro duque de Wellington, abandonou Portugal com o exército francês após a Convenção de Sintra. Enviado novamente para a Península em 1809, como comandante da 1.ª divisão do 8.º corpo do Exército de Espanha, sob a direcção de Junot, participou na batalha da Corunha sob o comando de Soult, ocupando o Porto durante a 2.ª Invasão Francesa. Foi o principal responsável pela salvação do Exército de Soult, quando o Exército britânico comandado pelo também regressado general Wellesley conseguiu atravessar o rio Douro de surpresa.

De regresso a França, voltou a ocupar postos administrativos até 1812. Comandante da 1.ª Divisão de Infantaria da Guarda Imperial, durante a campanha da Rússia - divisão formada por regimentos da "Jovem Guarda" - foi gravemente ferido na batalha de Pirna, em Agosto de 1813, durante a Campanha da Alemanha, não tendo participado por isso na Campanha de França de 1814. Apoiou Napoleão no seu regresso a França, sendo Par de França durante os "Cem Dias." Foi proscrito por Luís XVIII em 1815.

 

Fonte:
Jean Tulard e outros,
Histoire et Dictionnaire du Consulat et de l'Empire,
Paris, Laffont, 1995

 



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