A Guerra de 1801 - 6.º parte

 

 

 

A CAMPANHA NO ALENTEJO (cont.)

A defesa da linha das fortalezas: Elvas

Ao mesmo tempo que a rendição das duas praças meridionais se processava, a divisão de vanguarda espanhola, apoiada pela 1.ª divisão, apresentava-se diante de Elvas, tendo os batalhões de infantaria ligeira entrado em contacto com as forças portuguesas de cobertura da fortaleza. As tropas espanholas facilmente rechaçadas, recuaram para uma distância confortável, de onde partiu um ajudante de campo de Godoy a intimar a rendição da primeira fortaleza de Portugal. Godoy recebeu a resposta que se conhece, e as tropas espanholas retiraram para o Caia, não tendo voltado a aventurar-se tão perto da praça durante o resto da campanha.

Forte de Lippe

O Forte de Nossa Senhora da Graça, ou de Lippe, em Elvas


A guarnição da fortaleza, comandada pelo experiente general D. Francisco de Noronha, deveria ter mais de 8.000 homens aquartelados no seu interior e nos dois fortes que a apoiavam, se de facto os efectivos regulamentares estivessem completos, o que de facto nunca acontecia. Mas, a guarnição, com os seus 10 batalhões de infantaria e 4 esquadrões de cavalaria, quase se equiparava ao exército de campanha dirigido por Forbes. Não sendo necessário para a defender uma força tão imponente, o facto é que a existência de uma concentração tão grande de forças determinou toda a campanha, porque impôs ao exército espanhol a manutenção ao seu redor, só para a isolar, de cerca de metade das suas forças - a 1.ª divisão e a 3.ª divisões -, 24 batalhões de infantaria e 5 regimentos de cavalaria ao todo, sendo que as forças comandadas por Godoy nunca pensaram sequer em investir a fortaleza, acção que lhes estava completamente vedada, devido à insuficiência do material de sítio do exército espanhol, que mal dava para investir Campo Maior, quanto mais o complexo de Elvas.


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