Luís do Rego Barreto

 


Luís do Rego Barreto Barreto, Luís do Rego
1.º visconde de Geraz do Lima

n: 28 de Outubro de 1777 em Viana do Castelo (Portugal)
m: 7 de Setembro de 1840 em Campo da Penha (Portugal)

 

Filho natural de António do Rego Barreto - oficial do exército, ajudante de ordens do 2.º conde de Bobadela quando este foi governador das armas do Minho - foi legitimado pelo pai em 1786. Assentou praça em 1790, aos 13 anos, no regimento de infantaria de Lippe, da guarnição de Lisboa, sendo tenente quando da 1.ª Invasão Francesa.

Tendo pedido a demissão, quando o exército português foi reorganizado em inícios de 1808, regressou a Viana do Castelo. Quando o Porto se levantou contra a colaboração com o ocupante francês, Luís do Rêgo organizou uma Junta de Governo provisória em Viana do Castelo, que o promoveu a major e o incumbiu de organizar o Regimento de Infantaria n.º 9, da guarnição da vila. 

Organizou o Batalhão de Caçadores da Beira (n.º 4), em Viseu, tendo participado com ele nas campanhas de 1808 a 1811, na batalha do Buçaco, em 1810, no combate de Pombal, no começo da retirada do exército de Massena, e na batalha de Fuentes-de-Onoro, em 1811. Participou no assalto a Cidade Rodrigo e, como comandante do Regimento de Infantaria n.º 15, no assalto a Badajoz. Esteve presente nas batalha de Salamanca, em 1812, e de Vitória, em 1813. A sua actuação no assalto à praça de San Sebastien foi fundamental, conseguindo atravessar o braço de mar que separava o exército aliado da fortaleza com o seu regimento e escalado as muralhas, conseguindo tomá-la, em Setembro de 1813.

Comandou a 3.ª brigada do Exército português até 1815.

Nomeado capitão-general de Pernambuco, reprimiu a revolta independentista que aí eclodiu, em ..., e, com a mudança de governo acontecida em Portugal, em 1820,  fez ali cumprir as ordens do governo constitucional de Lisboa. Vítima de atentado ... regressou a Portugal em 1821.

Nomeado governador das armas do Minho pelo governo constitucional, foi encarregue de reprimir a revolta do 2.º conde de Amarante, futuro marquês de Chaves, que bateu em Amarante em Fevereiro de 1823. Com a Vilafrancada, que reinstitui o regime absolutista em Portugal, foi destituído e deportado para a Figueira da Foz, tendo sido reformado no ano seguinte. Reintegrado no exército durante a regência da infanta D. Isabel Maria, foi promovido a tenente-general em 1827. 

Preso durante o reinado de D. Miguel, conseguiu evadir-se para Espanha, regressando após a concessão de Évora-Monte. Nomeado vogal do Supremo Conselho de Justiça Militar em 1834, foi nomeado novamente governador das armas do Minho durante o Setembrismo, que o nomeou senador por Viana do Castelo, durante a curta vigência da Constituição de 1838.

O governo Setembrista de D. Maria II concedeu-lhe o título de visconde de Geraz do Lima em 27 de Abril de 1835.

 

Posto / função Corpo Data do decreto
Governador Governo das Armas do Minho 1836
Vogal Supremo Conselho de Justiça Militar 1834
Tenente general 1827
Marechal de campo, reformado 4 de Junho de 1824
Governador Governo das Armas do Minho Setembro de 1821
Capitão-general Pernambuco 1817
Comandante Divisão de Voluntários Leais de el-Rei 1817
Marechal de campo
Comandante Brigada n.º 3
Brigadeiro 22 de Maio de 1817
Coronel Regimento de Infantaria n.º 15 5 de Janeiro de 1812
Tenente coronel Batalhão de Caçadores n.º 4 21 de Janeiro de 1809
Major Regimento de Infantaria n.º 9 1808
Vogal Junta de Governo de Viana 20 de Junho de 1808
Tenente Regimento de Infantaria n.º 9 24 de Julho de 1807
Alferes de Granadeiros   Regimento de Infantaria de Viana 24 de Junho de 1806
Alferes, 1.ª comp. Regimento de Infantaria de Viana 24 de Junho de 1802
Cadete Porta Bandeira Regimento de Infantaria de Viana 26 de Junho de 1798
Cadete Regimento de Infantaria de Viana 31 de Outubro de 1792
Soldado voluntário Regimento de Infantaria de Viana 11 de Fevereiro de 1790

 

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