CRONOLOGIA DA GUERRA NO ULTRAMAR - DE 1961 A 1974
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A Guerra em Angola, Moçambique e Guiné.
1963
Amílcar Cabral com guerrilheiras do PAIGC |
Janeiro |
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18 | Debate pelo Governo português de um projecto de Lei Orgânica do Ultramar. |
23 | Início da luta armada na Guiné, com um ataque ao quartel de Tite pelo PAIGC. |
Fevereiro |
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Expulsão dos portugueses residentes na Serra Leoa e proibição de importação de mercadorias portuguesas, por causa da política colonial de Portugal | |
Organização, pelo Comité Político da FLN da Argélia, do Dia de Angola, como apoio à independência | |
4 | Início da 3.ª Conferência de Solidariedade Afro‑Asiática na Tanganica, presidida por Julius Nyerere, em que foi pedido o boicote económico e diplomático contra Portugal |
21 |
Encontro de Salazar com dois enviados do presidente Youlou, do Congo-Brazzaville, que se propõe mediar uma solução para o problema angolano |
Março |
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Captura, por guerrilheiros do PAIGC, dos navios Mirandela e Arouca perto de Cacine, que mais tarde utilizou para transporte de pessoal e material na Guiné-Conacri | |
Reuniões da Comissão de Descolonização da ONU, atribuindo prioridade aos territórios sob administração portuguesa | |
Deserção do piloto militar português Jacinto Veloso, que aterrou com o seu avião na Tanzânia | |
1 | Publicação de um conjunto de decretos com vista à formação de um mercado único português |
10 | Declaração de Amílcar Cabral em Paris sobre a disponibilidade de o PAIGC suspender a luta, se Portugal quisesse solucionar pacificamente o problema colonial |
13 |
Contestação do Governo português à competência da Comissão de Descolonização da ONU para decidir sobre os territórios ultramarinos de Portugal |
15 |
Comemoração,
pela UPA, em Leopoldville, do segundo aniversário do início das hostilidades
em Angola, com a presença do primeiro‑ministro congolês |
Aníbal São José Lopes assume a direcção da PIDE em Angola | |
21 |
Demissão
de dez oficiais, em consequência dos acontecimentos da Índia |
Abril
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Atribuição, a vários militares, do Prémio Governador‑Geral, instituído pela TAP, pelas acções valorosas em defesa de Angola | |
Tentativa, por parte do MPLA, de reactivar a acção da ATCAR, Associação dos Quiocos do Congo, Angola e Rodésia |
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3 | Anúncio,
por Franco Nogueira, da intenção de negociar um pacto de não‑agressão
com os países limítrofes de Angola e outros países africanos |
9 | Comunicado oficial do Governo do Senegal sobre o bombardeamento efectuado por quatro aviões portugueses a uma aldeia fronteiriça, sendo o assunto comunicado ao Conselho de Segurança da ONU |
11 | Publicação da Encíclica Pacem in Terris do Papa João XXIII com referência explícita à independência de todos os povos |
20 | Reunião Internacional da Juventude em Argel, com a presença de representantes de Angola |
Maio |
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Entrevista de Mário de Andrade, do MPLA, ao jornal Le Monde, em que afirma ser indispensável e decisivo o isolamento total de Portugal |
François Mendy, presidente da Frente de Luta pela Independência da Guiné (FLING), preconiza uma conferência para o reagrupamento de todos os movimentos nacionalistas das colónias portuguesas 1963.05 Comandante Vasco Rodrigues, governador?geral da Guiné | |
Conferência entre Peterson, representante da UPA, e o presidente Kaunda em Elisabeteville sobre a possibilidade de a UFA utilizar o território da Rodésia do Norte (actual Zâmbia) como base | |
Nomeação de João Eduardo como representante permanente do MPLA em Argel | |
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Tentativa de desmantelamento por parte das autoridades portuguesas de uma organização da Frelimo no Norte de Moçambique |
Reunião do Comité Executivo da União Internacional dos Estudantes (UIE) em Argel, em que é apresentado um relatório sobre a situação em Angola | |
25 | Fundação da Organização de Unidade Africana (OUA) pelos chefes de 30 Estados independentes de África reunidos em Adis Abeba |
28 | Anúncio, pela NATO, da instalação em Portugal da base de comando da Zona IberoAtlântica |
29 | Recepção de Franco Nogueira por Kennedy e Dean Rusk |
Junho |
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Corte de relações diplomáticas da República Árabe Unida com Portugal devido à política colonial portuguesa | |
Assalto à sede do MPLA, em Leopoldville, pela polícia congolesa, que prende Agostinho Neto e Lúcio Lara | |
7 | Declaração do secretário de Estado para os Assuntos Africanos dos Estados Unidos, segundo a qual os interesses estratégicos dos EUA exigem a continuação da cooperação com Portugal |
10 | Fundação, pelo MPLA, da Frente Democrática de Libertação de Angola (FDLA) |
Primeira cerimónia do Dia da Raça realizada no Terreiro do Paço, em Lisboa, de homenagem às Forças Armadas | |
30 | Passagem das acções do PAIGC para norte do rio Geba |
Julho |
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Declarações do abade Youlou, presidente do CongoBrazaville, em Paris, sobre conversações acerca da efectivação de eleições em Angola, solução contestada pela FNLA | |
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Criação em Leopoldville da Frente Democrática para a Libertação de Angola, sob a presidência de Agostinho Neto, constituída pelo MPLA e outros pequenos partidos 1963.07 Reconhecimento exclusivo do GRAE e da FNLA, chefiados por Holden Roberto, pelo Governo do Congo‑Leopoldville (República Democrática do Congo) com reacções negativas de alguns países africanos |
Decisão da Libéria de expulsar portugueses residentes no seu território, com excepção dos que solicitarem estatuto de refugiados | |
Corte de relações diplomáticas do Senegal com Portugal, com proibição de circulação de pessoas e mercadorias na fronteira com a Guiné | |
Notícia do Le Monde sobre um contacto de Benjamim Pinto Buli, secretáriogeral da União dos Naturais da Guiné (UNGP) com as autoridades portuguesas para a criação de um regime de autonomia interna | |
Utilização, pelo PAIGC, da primeira mina anticarro, na estrada Fulacunda-São João | |
1 | Debate, em Brazzaville, entre os movimentos nacionalistas angolanos no sentido da formação de um Comité de Coordenação |
Início da Conferência Internacional de Instrução Pública, em Genebra, em que é aprovada uma moção que pede a exclusão de Portugal por causa da sua política colonial | |
10 | Início dos trabalhos de uma comissão de boa vontade nomeada pelo Comité de Libertação Africano no sentido de tentar unir os esforços dos movimentos de libertação angolanos |
13 | Reconhecimento do GRAE pelo Comité de Libertação da OUA (Organização de Unidade Africana) |
Início da visita a Leopoldville de uma missão da OUA, que recomenda aos países africanos o reconhecimento do GRAE e o apoio à FNLA | |
16 | Encontro de Salazar com Benjamim Pinto Buli, dirigente de uma das facções da FLING |
22 | Crítica de Mário de Andrade à formação da Frente Democrática de Libertação de Angola pelo MPLA |
24 | Encontro entre o presidente do Congo-Brazzaville, Youlou, e o embaixador português em Paris sobre um programa para a realização de eleições em Angola |
27 | Exclusão de Portugal da Comissão Económica para África (CEA), organismo da ONU |
31 |
Oposição dos Estados Unidos, França e Grã-Bretanha, no Conselho de Segurança da ONU, à aplicação de sanções contra Portugal |
Resolução do Conselho de Segurança da ONU que rejeita o conceito português de «províncias ultramarinas», decidindo que a situação perturbava seriamente a paz e a segurança em África, apelando a Portugal para reconhecer o direito de autodeterminação e independência | |
Agosto |
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Congresso dos partidos nacionalistas de Cabinda em Ponta Negra, com a presença do presidente Youlou, do Congo-Brazza, onde se formou a Frente de Libertação de Cabinda | |
Carta de Salazar ao primeiro-ministro sul-africano pedindo cooperação e lembrando que «estamos quase sós em África», explicando que ou o bastião português resistia ou a guerra atingiria a África do Sul | |
Reconhecimento do GRAE de Holden Roberto pela Tunísia, Argélia e Marrocos | |
Convite de Portugal ao secretário-geral da ONU para visitar Lisboa, a fim de tratar das questões da política portuguesa em África | |
Concessão, pelo Governo português, à Pan American International Oil Corporation, da prospecção de petróleo em Moçambique | |
10 | Crítica do marechal Craveiro Lopes a alguns aspectos da política ultramarina |
12 | Discurso de Salazar sobre o problema do ultramar, que teve grandes repercussões internacionais e levou os nacionalistas a reafirmarem a continuação da luta |
23 | Interdição do espaço aéreo do Senegal a aviões procedentes ou destinados a Portugal e à África do Sul |
Cerimónia de apoio dos generais e oficiais superiores a Salazar e à política ultramarina | |
27 | Manifestação nacional no Terreiro do Paço, em Lisboa, de apoio à política ultramarina do Governo, que serviu de base à legitimidade da política de defesa ultramarina do Governo português |
29 | Início das conversações de George Ball, representante americano, com Franco Nogueira e Salazar, em Lisboa, em que se evidenciam as divergências relativamente aos conceitos de autodeterminação e do factor tempo no problema africano |
30 | Encontro de George Bali, subsecretário de Estado americano, com Salazar, sendo debatida a atitude americana face à política colonial e a presença dos EUA nos Açores |
Setembro |
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Reconhecimento do GRAE de Holden Roberto pelo Senegal | |
Conferência de imprensa, no Rio de Janeiro, de Jorge Goinola, representante do GRAE, acompanhado de Humberto Delgado | |
Utilização pela FNLA, na região de Noqui, Norte de Angola, de minas AC MK7 e granadas de mão Societa Romana | |
Conflito entre a FNLA e a FNLEC por causa de declarações sobre o enclave de Cabinda | |
Condenação, pelo VIII Congresso Internacional Socialista, dos países que persistem em oprimir os povos coloniais, como Portugal 1963.09.16 Início de uma visita de Américo Tomás a Angola | |
23 | Chegada do ministro da Defesa, general Gomes de Araújo, a Moçambique para uma visita ao território |
Outubro |
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Utilização pelos nacionalistas de Angola do seguinte armamento: granadas de morteiro 60, LG anticarro AC-P27(checo), LG RPG2 (russo), canhão sem recuo 57 (chinês) e canhão sem recuo 75 (chinês) | |
Realização da XVIII Assembleia Geral da ONU, em que os países afro-asiáticos atacam a política colonial portuguesa | |
Realização de conversações entre representantes portugueses e africanos, promovidas por U'Thant, secretário-geral da ONU, que virá a apresentar um relatório ao Conselho de Segurança sobre estas conversações | |
Anúncio, em Leopoldville, do recomeço da ofensiva no interior de Angola por parte do Exército de Libertação Nacional de Angola (ELNA), da FNLA | |
3 | Posse, em Bissau, do novo secretário-geral da província da Guiné, James Pinto Buli |
4 | Conferência de imprensa do Quartel-General de Luanda para comunicação da situação militar em Angola |
16 | Início de conversações entre Portugal e alguns países africanos, sob a égide da ONU, que incidiram, sem acordo, no sentido e no alcance do conceito de autodeterminação |
17 | Decisão do Governo português de considerar os crimes previstos na legislação militar, como cometidos em tempo de guerra |
Novembro |
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Reorganização do MPLA, com ligação ao Corpo Voluntário Angolano de Auxílio aos Refugiados (CVAAR) e da União Nacional dos Trabalhadores Angolanos (UNTA) | |
2 | Encerramento da sede do MPLA em Leopoldville e proibição da actividade do movimento no Congo |
7 | Recepção de Franco Nogueira por Kennedy |
8 | Debate na Comissão de Curadorias da ONU, sendo pedido ao Conselho de Segurança que se ocupe com urgência da situação nos territórios portugueses |
22 | Assassínio do presidente Kennedy, nos Estados Unidos da América |
Dezembro |
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Primeiras actividades operacionais na Zona Militar Leste, em Angola | |
Intervenção de Henrique Galvão na ONU sobre a «questão ultramarina portuguesa» | |
3 | Resolução da Assembleia Geral da ONU, a solicitar ao Conselho de Segurança a adopção das medidas necessárias à execução das suas resoluções relativas aos territórios sob administração portuguesa |
6 | Declaração pública dos Estados africanos participantes nas conversações com Portugal, em que se lamenta o facto de não ter modificado minimamente os princípios fundamentais da sua política, tornando impossível qualquer conversação séria |
9 | Convite do Governo português ao secretário-geral da ONU, U'Thant, para visitar Angola e Moçambique |
11 | Resolução do Conselho de Segurança da ONU, a confirmar o conceito de autodeterminação da Declaração Anticolonialista e a deplorar a inobservância da resolução de 31 de Julho de 1963 |
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