Reis, Rainhas e Presidentes de Portugal
D. Afonso V
Décimo terceiro rei de Portugal. Filho de D. Duarte e de D. Leonor de Aragão. O seu reinado compreendeu três grandes períodos. O primeiro vai da elevação ao trono (1438) à batalha de Alfarrobeira. D. Duarte confiara por testamento a regência à rainha viúva; mulher e castelhana, era impopular no reino, sendo apoiada por D. Afonso, duque de Barcelos e pela nobreza nortenha. D. Pedro, duque de Coimbra, apoiado por seus irmãos e pelas cidades, é eleito regente em Cortes (1439) e mantido no governo quando D. Afonso V atinge a maioridade (1446). Só em 1448 se turvam as relações entre ambos, devido às intrigas do conde de Barcelos; D. Pedro retira-se para Coimbra e é morto em Alfarrobeira (1449). A segunda fase caracteriza-se pelos feitos militares de D. Afonso V no norte de África, que lhe valem o epíteto de Africano: rei-cavaleiro conquista Alcácer Ceguer (1458), ataca Tanger (1460, 1462, 1464), toma Arzila (1471) e Larache, juntando ao título de «rei de Portugal e dos Algarves» o de «aquém e além-mar em África». O último período é dominado pela política peninsular: vago o trono de Castela pela morte de Henrique IV, Afonso V defende os direitos de sua sobrinha D. Joana, a Beltraneja, com quem celebra esponsais, contra os reis católicos. A batalha de Toro é-lhe desfavorável; decide passar a França para obter, nos termos do acordo de 8 de setembro de 1475, o apoio de Luís XI, que lho recusa, devido à guerra com o duque de Borgonha. Afonso V falha na mediação que tenta entre ambos; de regresso, pensa ir a Jerusalém e abdica, mas reconsidera. E quando Luís XI assina um tratado de amizade com Fernando e Isabel, Afonso V reconhece-Ihes a realeza castelhana pelo tratado de Alcáçovas (1479). Durante o reinado de Afonso V abranda a descoberta de África (vai-se do Rio do Ouro ao Cabo de Santa Catarina) e o poderio da nobreza põe em perigo a estabilidade do Estado. Afrouxaram as relações com Borgonha e estabeleceram-se contactos com a Bretanha. Floresceram na sua corte Mateus de Pisano, Fernão Lopes, Azurara, Nuno Gonçalves, cardeal Alpedrinha, Vasco Fernandes de Lucena. Na regência de D. Pedro coligiram-se as Ordenações Afonsinas.
Ficha genealógica: D.
Afonso V, nasceu em Sintra, a 15 de janeiro de 1432, e morreu na mesma vila, a
28 de agosto de 1481. Jaz no Mosteiro da Batalha. Casou em 1445 com sua prima D.
Isabel, nasceu em Coimbra, 1432, e morreu em Évora, a 2 de dezembro de 1455.
Jaz também no Mosteiro da Batalha. Era filha do infante D. Pedro e de D.
Isabel, duques de Coimbra. Em matrimónio que nunca se consumou, por falta da
necessária dispensa, casou em Plasencia, a 30 de maio de 1475, com sua sobrinha
D. Joana, que nasceu em Castela em 1462, e faleceu em Lisboa em 1530, filha de
Henrique IV e da infanta D. Joana de Portugal. Daquele matrimónio nasceram os
seguintes filhos: 1.
D. João, nasceu em Sintra, a 29 de janeiro
de 1451 e morreu de pouca idade, tendo sido sepultado na Capela de Nossa Senhora
do Rosário, do Mosteiro da Batalha; 2.
D. Joana, nasceu em Lisboa a 6 de fevereiro de 1452 e faleceu em Aveiro a 12 de
maio de 1490. Jaz em sumptuoso túmulo, no Mosteiro de Jesus da Aveiro. Não
tendo seguimento vários projectos de consórcio que lhe foram destinados, a
Princesa Santa acabou por abraçar a vida religiosa, tomando o hábito
dominicano naquele convento. 3.
D.
João II, que herdou a coroa.
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Fontes:
Joel Serrão (dir.)
Joaquim Veríssimo Serrão,
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Página modificada em 14 de junho de 2015
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