Reis, Rainhas e Presidentes de Portugal
D. CARLOS
Penúltimo rei de Portugal, filho de Luís I e de D. Maria Pia de Sabóia. O seu reinado, que se iniciou em 1889, decorreu todo ele num ambiente efervescente e foi marcado por uma série de acontecimentos dramáticos: - Ultimato inglês, motivado pelo célebre mapa cor-de-rosa»; - revolução republicana de 31 de Janeiro; - recrudescimento das lutas políticas entre republicanos, que aumentavam continuamente, e monárquicos, numa posição cada vez mais fraca; - ditadura de João Franco; -revoltas por todo o ultramar, desde a Guiné a Timor, e consequente repressão a que estão ligados os nomes de Mouzinho de Albuquerque, em Moçambique, Alves Roçadas, em Angola, e infante D. Afonso, na Índia; - nova tentativa revolucionária gorada, em 21 de Janeiro de 1908; -
e,
finalmente, em Fevereiro desse mesmo ano, morte de D. Carlos e de seu filho D.
Luís Filipe, no Terreiro do Paço, alvejados a tiro por revolucionários.
Ficha genealógica: D. Carlos nasceu no Palácio da Ajuda, a
28 de Setembro de 1863, recebendo o nome de Carlos Fernando Luís Maria Vítor
Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis José Simão e morreu
assassinado em Lisboa, a 1 de Fevereiro de 1908, sendo sepultado no Panteão
Real de S. Vicente de Fora. Casou em Maio de 1886 com a princesa Maria Amélia
Luísa Helena (n. em Twickenham, na Inglaterra, a 28 de Setembro de 1865; f. em
Versalhes, a 25 de Outubro de 1951), filha de Luís Filipe Alberto, conde de
Paris e duque de Orleães, e de sua esposa, Maria Isabel Francisca de Assis,
infanta de Espanha. Do casamento nasceram: 1.
D. Luís Filipe (n. no Palácio de Belém, a 21 de Março de 1887; f.
assassinado em Lisboa, a 1 de Fevereiro de 1908; sepultado no Panteão Real de
S. Vicente de Fora). Chamava-se Luís Filipe Maria Carlos Amélio Francisco Vítor
Manuel António Lourenço Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de
Assis Bento e usava os títulos reais de príncipe da Beira e duque de Bragança
e da Saxónia. Foi jurado príncipe herdeiro do trono em Julho de 1901 e a
partir de 13 de Abril de 1906 passou a fazer parte do Conselho de Estado. 2.
D. Maria Ana (n. no Paço Ducal de Vila Viçosa, de parto
prematuro, a 14 de Dezembro de 1887; morreu com poucas horas de vida; sepultada
no Panteão Real de S. Vicente de Fora).
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Fontes:
Joel Serrão (dir.) Pequeno Dicionário de História de Portugal, Lisboa, Iniciativas Editoriais, 1976 Joaquim Veríssimo Serrão
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