Alexandre III (Rolando Bandinelli)
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Siena (Itália), inícios do séc. XII;
Canonista e teólogo ensinou na Universidade de Bolonha e foi autor de um comentário ao Decretum [Concordia discordatium canonum] de Graciano, canonista da mesma universidade, com o título Summa Magistri Rolandi. Cardeal em 1150, chanceler da Cúria Romana em 1153, agregou à sua volta o partido anti-imperial. Eleito papa em 1159, após a morte de Adriano IV, viu a sua eleição contestada pelo anti-papa Vítor IV, que era apoiado, como os anti-papas seus antecessores - Pascoal III e Calisto III -, pelo imperador Frederico Barba-Roxa e o partido imperial. Obrigado a abandonar Roma, refugiou-se em França e conseguiu fazer-se reconhecer papa legítimo pelos principais soberanos europeus: os reis de França, Inglaterra e Castela. Mas foi o apoio dos normandos do Sul de Itália e das comunas do Norte de Itália, da Padana (o vale do Pó), que lhe permitiram recuperar o prestígio e tornar-se, de novo, o ponto de encontro das forças anti-imperiais da península Itálica, comprovado pelo nome dado à cidade de Alexandria, edificada pela Liga Lombarda como desafio a Frederico e símbolo dos privilégios conseguidos d o Império. Após a vitória da Liga sobre Barba-Roxa, na batalha de Legnano em 1177, Alexandre foi reconhecido como o papa legítimo, mesmo pelo imperador com a assinatura da paz entre os dois potentados. Regressou a Roma em 12 de Março de 1179. O pontificado de Alexandre III caracterizou-se pela energia com que foram prosseguidas as políticas reformadoras dos seus antecessores, iniciadas pelo papa Gregório VII a partir de 1073. Defensor da autonomia da igreja em relação ao poder laico, teve uma importante actividade política, que permitiu consolidar as relações com os potentados normandos do Sul, reconhecer a realeza de Afonso Henrique de Portugal em 1179 e impor uma dura penitência a Henrique II de Inglaterra, que tinha mandado assassinar Thomas Becket, arcebispo de Canterbury. No 3.º Concílio de Latrão, reunido em 1179, convidou representantes da Igreja Ortodoxa, tentando a reunificação da Igreja Católica. O concílio condenou as doutrinas cátaras, preparando as perseguições contra os albigenses.
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Fonte:
Massino Montanari, "Alessandro III", in I Papi e gli Antipapi, Turim, Tea, 1993, pág. 71.
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