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Abade.
Título
de dignidade e autoridade eclesiásticas. Começou a usar-se este título
em 472. Era um título de respeito de qualquer monge. Abade dos
Abades é o título que usavam os superiores dos mosteiros de S.
Cucufate e de S. Vicente de Fora, no bispado de Beja. O deão de
Lamego tinha o título de abade de Almacave. O mestre-escola da colegiada de N. Senhora da Oliveira era
nomeado Abade de S. Tiago. Os arcebispos de Braga, desde a união do
convento de S. Victor à câmara arquiepiscopal daquela diocese, tiveram o título de Abade de S. Victor;
prelado duma abadia regular que, sendo elevado à dignidade episcopal,
transformava a sua igreja e mosteiro em catedral e sede do bispado:
tal foi S. Martinho, bispo de Dume, junto Braga. Abade dos cónegos, os
que precediam em tudo aos priores crasteiros, prepósitos
presidentes ou vigários. Pertenciam aos mosteiros de cónegos regrantes. S. Teotónio foi em Portugal o
primeiro que trocou este título pelo de prior.
Abade Magnate, abade da congregação de S. Bernardo,
que tinha território próprio e isento de jurisdição episcopal.
Conhecia das cousas matrimoniais e sacrílegas.
Dava demissórias aos súbditos seculares, punha vigário geral, etc.
Tais eram os abades de S. Pedro das Águias, S. João de Tarouca, S. Cristóvão de Lafões, Santa Maria de Fiães e Santa
Maria das Salzedas. Abade do Prelado, título que gozavam os
abades de igrejas seculares e paróquias, que tinham sido antigamente mosteiros, como a de Soalhães, no Porto, e a de Sabadim
em Arcos de Valdevez.
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