Nasceu a 27 de abril de 1775, e faleceu a 21 de janeiro de 1828. 

Foi tenente-general do exército. Acompanhou, em 1807, a família real ao Brasil, e em 1811 foi nomeado governador da província de S. Paulo, sendo depois transferido para o Rio Grande do Sul, onde deixou excelentes recordações. Em 1814 mandou fazer o recenseamento da população, elevou a vilas as povoações de Mostardes e de Cachoeiras, protegeu muito o desenvolvimento da povoação de Aparecidos, que tomou então o nome de Alegrete, e fez com que se criassem na província muitas cadeiras de instrução primária. Quando começou a guerra de Montevideu, o marquês de Alegrete recebeu ordem para hostilizar quanto pudesse o inimigo, sendo muito auxiliado pelo general Lecor, que lhe mandou reforços. Depois da tomada de Montevideu, Artigas veio saltear a fronteira; o peso da guerra caiu então sobre o nobre fidalgo, que, entregando o comando do exército da província ao general Curado, triunfou por toda aparte, conseguindo derrotar completamente o próprio Artigas na batalha do sítio de Catalão, que se realizou a 4 de janeiro de 1817, e pôs termo à guerra. O marquês voltou então triunfante para a sua capital. 

Em 1818 foi nomeado conselheiro de guerra, e acompanhou depois D. João VI para o reino, onde foi feito par do reino em 30 de abril de 1826 quando se proclamou a Carta Constitucional. Casou, a 10 de fevereiro de 1793, com D. Francisca de Noronha, filha dos marqueses de Angeja; ficando viúvo, passou a segundas núpcias, no Rio de Janeiro, casando em 1 de outubro de 1800 com D. Margarida de Almeida, filha dos marqueses de Lavradio. Do primeiro matrimónio houve uma filha, D. Francisca Xavier, que foi marquesa de Chaves; e do segundo três filhos: D. Fernando, 9.º conde de Tarouca, que morreu em 1812, tendo apenas dois anos de idade, D. Fernão Teles da Silva Caminha e Meneses, que foi o 10.º conde de Tarouca e 4.º marquês de Penalva, e D. Ana Teles, que casou com António de Albuquerque do Amaral Cardoso, fidalgo da Casa Real, senhor da casa do Arco em Viseu e doutros vínculos. D. Luís Teles da Silva foi quem usou pela última vez o título de marquês de Alegrete; era o 8.º conde de Tarouca, grã-cruz da Ordem da Torre e Espada, comendador das ordens de Cristo e de N. Sr.ª da Conceição de Vila Viçosa; condecorado com as medalhas de campanha da Guerra Peninsular. O titulo de marquês de juro e herdade foi-lhe concedido por decreto de 4, e Carta de 14 de abril de 1795, pela rainha D. Maria I. O decreto de 4 de abril compreende várias mercês feitas por ocasião do nascimento do príncipe da Beira D. João, mais tarde o rei D. João VI.