n. 21 de setembro de 1845.
f. 31 de março de 1899.
Militar distinto e escritor.
Nasceu em Elvas, a 21 de setembro
de 1845, e faleceu a 31 de março de 1899. Era filho de José Maria
Pereira de Almada, major de artilharia, e de D. Francisca de Jesus
Pereira de Almada.
Assentou praça a 1 de maio de
1861, em Artilharia 2; foi promovido a tenente quartel-mestre,
a 13 de agosto de 1866; em 13 de setembro de 1876, a capitão
quartel-mestre, e pela Ordem
do Exército de 3 de novembro de 1884, passou ao Regimento de Artilharia
n.º 5, sendo classificado capitão quartel-mestre de 1.ª classe,
por decreto de 5 de janeiro de 1887. A 24 de março de 1897, teve a
sua reforma.
Desempenhou sempre com inteligência
e muito zelo algumas comissões de serviço, de que foi encarregado.
Dedicou grande parte da vida a coligir documentos e subsídios históricos,
que não chegou a publicar, e que formam um núcleo de muito valor.
Acerca de Elvas, sua terra natal, fez grandes estudos arqueológicos
e históricos, de que publicou em 1888 a 1895 a importante obra,
intitulada Elementos para um
dicionário de geografia e história portuguesa, em três tomos,
e que trata do concelho de Elvas e dos concelhos extintos de
Barbacena, Vila Boim e Vila Fernando. Vitorino de Almada deixou mais
trabalhos literários, que se publicaram: O Manuscrito de Afonso
da Gama Palha, sobre a guerra da Sucessão em Espanha, Elvas,
1876; Francisco de Paula Santa Clara, esboço biográfico,
Elvas,1888; Os quartéis-mestres, em 1890. Foi primeiro
redactor do Elvense, quando este jornal se fundou em 1880,
colaborando assiduamente até 1884, e nele publicou vários estudos
históricos. Colaborou igualmente nos seguintes jornais: Jornal
do Comércio, Diário Ilustrado, Correio Elvense, O
Tirocínio Literário, Gil Fernandes, Diário de
Noticias, Jornal do Porto, Jornal da Noite, e
outros.