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Almude.
Antiga medida de que se encontra
menção nos forais tanto para vinho como para trigo, cevada, mel,
manteiga e até pão cozido. Viterbo, no seu Elucidário,
dedica-lhe o seguinte artigo que nos parece bem reproduzir: “Esta
medida, a que os Hebreus chamaram Modd, e os árabes Almodde,
passou aos Latinos com o nome de Modius. Daqui tomaram os
nossos o seu Almude quasi alius modius, por constar de dois
alqueires assim dos áridos, como dos líquidos. E com efeito o
Almude dos árabes corresponde hoje com pouca diferença ao nosso
alqueire; mas a razão é, porque o nosso alqueire acrescentado contém
o almude antigo, ou duas medidas velhas, e um punhado;
como declara EI-Rei D. Manuel no Foral da Catedral de Lamego, que
ali se acha no Livro Velho das Doações a fólios 108. Que
muito logo os nossos antigos chamassem Almude ao que nós
hoje chamamos alqueire: quando dois alqueires do seu tempo não
faziam mais do que um corrente nos nossos dias? Em Castela sempre
chamaram Almude de pão à meia Fanega, que constando de
quatro alqueires, claramente se mostra, que o Almude deveria
constar de dois. Em Portugal ficou o Almude só nos líquidos,
composto, e constante de dois alqueires, ou dois cântaros.”
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Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico,
Volume I, pág. 323
Edição em papel © 1904-1915 João Romano Torres - Editor
Edição electrónica © 2000-2012 Manuel Amaral
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