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Arriaga
(José de).
n.
8 de março de 1848.
f.
[ 1921. ]
Bacharel
formado em direito pela Universidade de Coimbra, e escritor
contemporâneo.
Nasceu na cidade da Horta, ilha do Faial, a 8 de
março
de 1848. É filho de Sebastião de Arriaga Brum da Silveira e de D.
Maria Cristina de Arriaga Caldeira.
Foi
para Coimbra em
1861, começar os estudos preliminares; em 1864 matriculou-se na
Universidade e recebeu o grau de bacharel em 1869. Pouco tempo
depois foi despachado conservador do registo predial para a comarca
de Armamar, donde passou para a de Resende, e daí para Benavente,
desta para a de Moura, e depois para a de Reguengos, de que foi
exonerado por não tomar posse. Desde os bancos da Universidade
tem-se dedicado a estudos históricos e literários, e colaborado em
diversos jornais: Democracia, Era Nova e na Folha
do Povo, onde publicou uma série de artigos de propaganda
histórico-política e de direito público. No jornal Os perfis artísticos
inseriu uma série de artigos acerca do movimento
revolucionário da música moderna. Os perfis artísticos, em nova
série, receberam o título de Perfis literários e artísticos,
sendo José de Arriaga encarregado da direcção pela empresa
editora. Redigiu o prospecto com o fim de se entregar à
apreciação dos artistas portugueses mais distintos antigos e
modernos, dos monumentos nacionais, e de lançar as bases duma
história da arte em Portugal; mas, apenas escreveu a biografia de
Machado de Castro, e a noticia da grandiosa obra deste insigne
estatuário, o monumento do rei D. José, saiu do jornal.
José
de Arriaga tem os seguintes escritos: A politica conservadora e
as modernas alianças dos partidos políticos portugueses,
Lisboa, 1880 ; A Inglaterra,
Portugal e suas colonias, dedicado à
comissão
executiva do centenário
do marquês
de Pombal, Lisboa, 1882; As
raças históricas
na Lusitânia,
é n.º 55 da sétima série da Biblioteca
do povo e das escolas. Em 1870 escreveu: A
influencia do cristianismo
nas ideias
modernas, na qual toma
por tipo das duas raças principais em que está dividida a Europa:
a França e a Alemanha, tratando do movimento filosófico, moral,
literário; artístico e político daquelas duas nações. Estando
ainda em Coimbra escreveu um opúsculo a propósito, intitulado: Questão ibérica
e o Saldanha, onde põe em evidencia as condições
autonómicas do nosso país, e patenteou o seu ardente amor
pátrio. A sua obra principal é a Historia
da Revolução de 1820, que foi publicada no Porto, pelos
editores Lopes & C.ª
tip. Occidental,1886-1889. O prólogo do Catálogo
dos manuscritos da antiga livraria dos marqueses
de Alegrete, dos
condes de Tarouca e dos marqueses
de Penalva, Lisboa, 1898, é
trabalho de José de Arriaga, que também elaborou o mesmo
catálogo.
Genealogia
de José de Arriaga
Geneall.pt
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