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Artur
(Bartolomeu Sesinando Ribeiro).
n.
11 de agosto de 1851.
f.
[
6 de outubro de 1910. ]
Tenente-coronel
de infantaria, escritor e artista contemporâneo.
Nasceu
em Lisboa a 11 de agosto de 1851; é filho do general de brigada
Sesinando Ribeiro Artur e de D. Cândida Lopes Ribeiro Artur.
Seu
pai foi um dos sete e quinhentos bravos que desembarcaram nas praias do Mindelo
e fizeram toda a campanha contra a usurpação (1826-1834),
tomando parte na divisão auxiliar a Espanha (1835). Descende duma
família ilustre - Ribeiro Freire -
sendo parente do ministro de D. João VI, Ribeiro Freire, que teve a
seu cargo o Erário, e do general de divisão Manuel Cipriano da
Costa Ribeiro, há pouco falecido. Ribeiro Artur foi aluno do Real
Colégio Militar, na Luz. Assentou praça, como voluntário, no Regimento
de Infantaria n,º 17 a 10 de setembro de 1867, onde seu pai
era então coronel. Frequentou a Escola do Exército, e em 1873 foi
promovido a alferes para o Regimento de Infantaria
n.º 16. Cursou então, a Escola Politécnica, e, em 23 de janeiro de
1878, foi promovido a tenente para o Regimento de Infantaria n.º 8. Em
seguida foi chamado a exercer as funções de ajudante da praça de
Peniche, sob o governo do coronel de engenharia António Ferreira da
Rocha Gandra. Por decreto de 4 de julho de 1874 foi nomeado para, em
comissão, servir na artilharia, sendo colocado no Regimento
de Artilharia n.º 2. Promovido a capitão passou para o Regimento
de Caçadores n.º 5 em 31 de outubro de 1884.
Em
1885 foi nomeado para fazer parte da comissão de limites das
fronteiras entre Portugal e Espanha, lugar que exerceu
até 1893, sendo comissário o general Sebastião Lopes de Calheiros
e Meneses. Acompanhou o comissário espanhol, então coronel, D.
Máximo Ramos y Orcajo, na execução da triangulação dos terrenos
em litígio, denominados da Defesa da Contenda de Moura, e
auxiliou o comissário português na elaboração sua memória sobre
a mesma contenda, publicada em 1889.
Em
20 de janeiro de 1894 teve a nomeação de ajudante de campo do
general Costa Ribeiro, inspector geral de infantaria. Em fevereiro
de 1895 foi nomeado major da 10.ª Brigada de
Infantaria. Sendo promovido a major, passou para Infantaria
20, em 3 de agosto de 1895, indo comandar o 2.º Batalhão
deste regimento que estava aquartelado em Barcelos. Em 11 de janeiro
de 1896 foi transferido para o Regimento de Caçadores
da Rainha e a 10 de Maio de 1899 promovido a tenente-coronel,
sendo colocado, em Infantaria 5.
O
senhor Ribeiro Artur é
condecorado com as medalhas de prata de comportamento exemplar e
bons serviços, sendo esta ultima alcançada por ser elogiado em
Ordem do Exército. É oficial da Real Ordem de S. Bento de Avis, e
cavaleiro da mesma ordem; cavaleiro da Ordem Militar
de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Ordem Militar
de S. Tiago e da de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa. É
comendador da Real Ordem espanhola de Isabel a Católica, tem a
medalha da Cruz Vermelha de Espanha, Cruz de 2.ª classe de mérito
militar, e a Cruz de Carlos III. É também oficial da Legião de
Honra e tem o grande oficialato de Instrução Pública
de Franca.
O
senhor Ribeiro Artur tem publicado as seguintes obras militares: Pequeno
manual para uso do soldado de infantaria (1896); A legião portuguesa
ao serviço de Napoleão (1808-1813), 1901; Teorias
nas casernas - Educação militar do soldado, 1902; Os
caçadores portugueses na guerra Peninsular, 1899.
Além destes livros tem mais três volumes de crítica de arte, bem
apreciados: Arte e artistas contemporâneos; o 1.º em 1896, o 2.º em 1898 e o 3.º em 1903.
O
senhor Ribeiro Artur dedica-se muito à pintura a
aguarela, estudando os costumes militares, expondo em todas as
exposições do Grémio Artístico e da Sociedade Nacional de Belas
Artes, onde alcançou uma menção honrosa. Também expôs na
exposição universal de Paris de 1900.
Genealogia
de Bartolomeu Ribeiro Artur
Geneall.pt
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