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O 2.º visconde de Atouguia
O 2.º visconde de Atouguia

Atouguia (Rui de Atouguia Ferreira Pinto Basto, 2.º visconde de).

 

n.        30 de maio de 1849.
f.        [ 6 de julho de 1921. ]

 

Fidalgo cavaleiro da Casa Real, par do reino por sucessão a seus maiores, inspector da Academia Real das Belas Artes, recebedor do 3.º bairro de Lisboa, etc.

Nasceu a 30 de maio de 1849, filho de Anselmo Ferreira Pinto Basto, fidalgo. cavaleiro da Casa Real, por sucessão a seus maiores, bacharel formado em filosofia pela Universidade de Coimbra, cônsul geral de Portugal em Londres, e de D. Sofia Cândida Jervis de Atouguia, filha do 1.º visconde deste título, António Aloísio Jervis de Atouguia.

O actual senhor visconde foi distinto aluno da Escola Politécnica, e tem o curso de agronomia do Instituto Agrícola de Lisboa. Casou em 1 de janeiro de 1870 com D. Margarida de Almeida, 3.ª filha dos 2.os condes da Lapa, D. Manuel de Almeida e Vasconcelos do Soveral de Carvalho Maia Soares de Albergaria, e D. Francisca de Paula Luísa de Sousa, filha dos 2.os marqueses de Borba. Foi elevado ao pariato, por hereditariedade em 3 de novembro de 1894, exercendo o cargo de 2.º secretário da respectiva câmara na legislatura de 1896 a 1897, e o de 1.º secretario, na de 1901. É orador correcto e elegante, um espírito culto nas ciências e nas artes.

Como parlamentar, pronunciou, entre outros, um excelente discurso por ocasião de se discutir o regime cerealífero, a 6 de julho de 1896; como artista são bem conhecidos e apreciados os seus quadros e a sua competência musical. Acerca do título de visconde de Atouguia, deu-se uma circunstância curiosa. A rainha D. Maria II ofereceu-o a António Jervis de Atouguia, seu ministro, em recompensa dos serviços que prestara à causa da liberdade, e escusando-se o ministro a aceitar esta graça, a soberana deliberou oferece-la ao neto, então ainda muito criança, que é o actual visconde. Mais tarde a rainha tornou a instar, e o dedicado ministro, não podendo formular desculpa alguma, viu-se obrigado a aceitar o título concedido em duas vidas, a 15 de março de 1853, sendo renovado no mesmo título a favor do neto, por verificação de vida, pela carta de 16 de maio de 1855.

O brasão foi concedido pelo alvará de 12 de setembro de 1818, a seu avô paterno, José Ferreira Pinto Basto: Escudo partido em pala; na primeira as armas dos Ferreiras, em campo vermelho quatro faxas de ouro; na segunda as armas dos Pintos, em campo de prata cinco crescentes de lua de vermelho em santor.

 

 

Genealogia do 2.º visconde de Atouguia
Geneall.pt

 

 

Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico,
Volume I, págs. 854-855

Edição em papel © 1904-1915 João Romano Torres - Editor
Edição electrónica © 2000-2012 Manuel Amaral