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O Portal da História Dicionário > Luís Máximo Alfredo Pinto de Sousa Coutinho, 2.º visconde de Balsemão

Balsemão (Luís Máximo Alfredo Pinto de Sousa Coutinho, 2.º visconde de).

 

n.      30 de maio de 1774.
f.       2 de outubro de 1832.

 

Fidalgo da Casa Real, por alvará de 1 de outubro de 1784, por sucessão a seus maiores, moço fidalgo com exercício no paço, por alvará de 7 de maio de 1789, acrescentado a Fidalgo Escudeiro, por alvará de 23 de dezembro de 1799; do conselho da rainha D. Maria I e do rei D. João VI; par do Reino por carta régia de 30 de abril de 1826; 2.º senhor donatário de Ferreiros e Tendais; 1.º senhor das Quintas da Maqueija, unidas por mercê régia, decreto de 29 de março de 1804, à Barca da Régua, de juro e herdade, com dispensa da Lei Mental; 21.º senhor do morgado de Balsemão e do de Sá, e das casas de Toens e Leomil, bem como da capela da Santíssima Trindade, instituída na sé de Lamego por Álvaro Pinto da Fonseca, em 19 de abril de 1561, e agora unida ao dito morgado, e dele fazendo parte, em virtude de mercê régia feita por decreto de 4 de novembro de 1797; alcaide-mor de Castelo Mendo; comendador de S. Miguel de Lordelo do Ouro, na Ordem de Cristo, por transferência da comenda e alcaidaria-mor da vila de Cano, da Ordem de S. Bento de Avis, que passou para seu irmão Aires Pinto de Sousa Coutinho (V. Coutinho, Aires Pinto de Sousa); cavaleiro de devoção da sagrada Ordem de S. João de Jerusalém, em Portugal; guarda-mor do real Arquivo da Torre do Tombo, em 1803; executor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa; inspector da Agricultura do Reino; sócio efectivo da Academia Real das Ciências de Lisboa, e sócio honorário da Academia Real de Madrid; bacharel formado em filosofia pela Universidade de Coimbra; capitão de cavalaria do 2.° Regimento de Castelo Branco; promovido em 1799 a sargento-mor do 2.° Regimento de Infantaria do Porto, n.º 18, e depois tenente-coronel reformado.

Nasceu em Falmouth, onde foi baptizado a 30 de maio de 1774; faleceu na cidade de Lamego a 2 de outubro de 1832. Era filho do 1.º visconde de Balsemão, Luís Pinto de Sousa Coutinho, e de sua mulher, D. Catarina Micaela de Sousa César de Lencastre, distinta poetisa, filha de Francisco Filipe de Sousa da Silva Alcoforado, fidalgo da Casa Real, e de sua mulher, D. Rosa de Viterbo de Lencastre, filha dos 8.os viscondes de Asseca.

Quando em 18 de junho de 1808 se organizou no Porto uma Junta Provisional do Governo Supremo para resistir aos soldados de Junot, o visconde de Balsemão, que nessa época residia no Porto, uniu-se desde logo aos sublevados, e foi escolhido pela Junta, assim como o desembargador dos Agravos, João de Carvalho Martens da Silva Ferrão, para, na qualidade de delegados, irem a Londres participar ao embaixador português naquela corte, D. Domingos António de Sousa Coutinho, depois conde do Funchal, a sublevação do povo portuense do estado geral do país, por causa da invasão dos franceses, solicitando do governo inglês auxílio de armamentos e munições de guerra, de que se carecia para armar o povo.

O visconde de Balsemão casou a 8 de janeiro de 1810 com sua prima em primeiro grau D. Maria Rosa Alvo Brandão Perestrelo de Azevedo, condecorada com a Ordem de S. João de Jerusalém, em Portugal; 9.ª senhora dos morgados de Coreixas; da casa da Ermigeira, em Torres Vedras; do morgado de Brandões, no Porto; filha única e herdeira de José Alvo Brandão Perestrelo Godinho Pereira de Azevedo, fidalgo cavaleiro da Casa Real; cavaleiro professo na Ordem de Cristo; tenente-coronel de cavalaria do exército; senhor dos morgados e casa acima referidos; 8.° senhor da casa e honra de Perozelo, seu padroeiro, e de Santo Elói da Porta; e de sua mulher, D. Isabel Francisca de Sousa César e Lencastre, filha de Francisco Filipe de Sousa da Silva Alcoforado, moço fidalgo com exercício no Paço, senhor da casa de Vila Pouca, em Guimarães, e da de Bordonhos; familiar do Santo Ofício, por carta de 25 de junho de 1726, e de sua mulher, D. Rosa Maria de Viterbo e Lencastre, filha dos 3.os viscondes de Asseca. Deste consórcio houve seis filhos: Luís José e Vasco Pinto, que foram 3.° e 4.° viscondes de Balsemão; D. Maria Emília, que casou em 1821 com José de Lemos Malheiro de Melo e Vasconcelos, fidalgo da Casa Real, senhor do morgado de Velude; José Alvo, oficial da Armada Nacional; D. Eulália Ernestina, que casou em 1834 com seu primo, Manuel de Mendonça Cardoso Figueira de Azevedo Pinto de Sousa, moço fidalgo com exercício no Paço, senhor do Morgado de S. Cosmado, e do Granjal, alcaide-mor da vila do Cano, e comendador do Cano na Ordem de S. Bento de Avis; cavaleiro da Ordem de N. Sr.ª da Conceição; tenente-coronel agregado ao Regimento de Milícias de Arouca; Eduardo Augusto, que foi oficial de cavalaria do exército. O título foi verificado no 2.º visconde, por decreto de 13, e carta de 28 de maio de 1802.

 

 

Genealogia do 2.º visconde de Balsemão
Geneall.pt

 

 

 

 


 
Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico,
Volume II, págs. 45-46

Edição em papel © 1904-1915 João Romano Torres - Editor
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