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Vasco Pinto de Sousa Coutinho, 4.º visconde de Balsemão
Vasco Pinto de Sousa Coutinho

Balsemão (Vasco Pinto de Sousa Coutinho, 4.º visconde de).

 

n.      22 de outubro de 1802.
f.       23 de dezembro de 1862.

 

Fidalgo da Casa Real, par do reino por carta regia de 5 de março de 1858, de que prestou juramento e tomou posse na respectiva câmara, em sessão de 7 de março do referido ano; do conselho da rainha D. Maria II; 23.° senhor dos morgados de Balsemão, e Sá, e das casas de Toens e Leomil, 12.° senhor do morgado de Coreixas e da casa da Ermigeira; comendador da Ordem de N. Sr.ª da Conceição; cavaleiro de Devoção da Ordem de S. João de Jerusalém, em Portugal; coronel do Regimento de Milícias da Maia, sócio do Conservatório dramático de Lisboa, etc.

Nasceu a 22 de outubro de 1802, faleceu a 23 de dezembro de 1862. Era filho do 2.º visconde de Balsemão, Luís Máximo Alfredo Pinto de Sousa Coutinho, e de sua mulher, D. Maria Rosa Alves Brandão Perestrelo de Azevedo; irmão do 3.° visconde, a quem sucedeu no título e casa.

Assentou praça de aspirante de marinha em dezembro de 1822, embarcou em 1823 e em 1824, nas fragatas Pérola, e Príncipe Real. No ano de 1825 passou como cadete para o Regimento de Cavalaria n.° 7, sendo despachado alferes no ano seguinte. Serviu na campanha contra os absolutistas às ordens do general José Correia de Melo. Em 1828 foi nomeado coronel das Milícias da Maia, e, emigrando para França, publicou em Paris, no ano de 1832, um volume com o titulo: Memórias sobre algumas antigas Cortes portuguesas, extraídas fielmente de manuscritos autênticos da Biblioteca Real de Paris. Regressando à pátria, serviu às ordens do marechal Saldanha, desde 10 de outubro de 1833 até à Convenção de Évora-Monte. Foi depois nomeado bibliotecário-mor interino da Biblioteca Pública de Lisboa, em 8 de abril de 1834, passando, a efectivo em 12 de julho do referido ano; em 22 de março de 1843 teve transferência para a Biblioteca do Porto, lugar que não aceitou, sendo exonerado em julho de 1844.

Nomeado em dezembro de 1845 secretário da legação em Madrid, exerceu aquele honroso cargo desde fevereiro de 1846 até igual mês do ano seguinte; e depois como encarregado de negócios na mesma corte, desde 26 de novembro até 12 de abril de 1818. Promovido a esta graduação diplomática na corte de Áustria, ali serviu desde 24 de abril de 1849 até 31 de julho de 1851, e, a seu pedido, foi colocado na disponibilidade em 19 de julho de 1852, com as honras de enviado extraordinário e ministro plenipotenciário. A verificação do título foi-lhe concedida por decreto de 23 de dezembro de 1851.

O visconde de Balsemão casou com D. Maria da Penha Perestrelo da Costa Sousa de Macedo, condecorada com a Ordem soberana de S. João de Jerusalém, em Roma, filha de João de Perestrelo de Amaral Ribeiro de Vasconcelos Fernandes e Sousa, fidalgo cavaleiro da Casa Real, comendador do Forno dos Cestos da vila de Setúbal, na antiga ordem de S. Tiago da Espada; senhor do morgado da Quinta do Espanhol, situada na antiga provedoria de Torres Vedras; coronel do Regimento das Milícias de Setúbal; e de sua mulher, D. Ana Joaquina da Costa de Sousa de Macedo, filha dos 2.os viscondes de Mesquitela. No Anuário histórico e diplomático, de A. Valdez, a pág. 55, fala-se acerca do 4.° visconde de Balsemão.

 

 

Genealogia do 4.º visconde de Balsemão
Geneall.pt

 

 

 

 


 
Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico,
Volume II, págs. 47-48

Edição em papel © 1904-1915 João Romano Torres - Editor
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