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Basto
(D. Diogo de Castro, conde de).
n. [
c. 1560 ].
f.
Foi governador de Portugal, juntamente com Afonso
Furtado de Mendonça, em 1627.
O conde-duque de Olivares começava a exercer em
Portugal grandes vexames que indignavam a população. O Conde de Basto e o seu colega instavam inutilmente com o rei D. Filipe
para que reunisse cortes e ouvisse as queixas dos portugueses. O conde de Basto era muito respeitado e estimado no
país, o que o tornava odioso na corte espanhola. De 1628 por diante governou sozinho, e
Olivares suportava-o, sabendo que, se o demitisse, poderia essa
demissão causar tumultos em Portugal. Mas o conde de Basto estava
desgostoso; a perda de Pernambuco e a indiferença com que o governo
espanhol encarava este facto, o indignaram profundamente. Instava
com Olivares para que mandasse socorros ao Brasil, e se no fim de
muitas instâncias é que alcançou que esses socorros se
preparassem. O conde de Basto, contudo, sentindo-se cansado, instou
pela sua saída do governo, que afinal conseguiu.
Em 1633 o descontentamento dos portugueses estava no
seu auge, e o conde-duque de Olivares, pretendendo sossegá-lo, tanto se empenhou com o conde de Basto para que de
novo aceitasse a vice-realeza, que este se resolveu, e apenas se viu
no poder, tratou de protestar contra as execuções, violências e
injustiças praticadas com os portugueses pelo governo de Madrid.
Como o conde-duque não deu satisfação alguma, o conde de Basto
pediu a demissão, por não ver meio algum de protestar
contra o despotismo de Madrid. Retirou-se então para Évora, substituindo-o no poder a duquesa de Mântua.
Quando rebentaram os tumultos em Évora, o conde de Basto interpôs-se
como medianeiro, não conseguindo assim senão a hostilidade da
corte e os insultos do populacho. Pouco tempo depois faleceu.
Genealogia
de D. Diogo de Castro
Geneall.pt
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