n. 9 de julho
de 1740.
f. 16 de abril de 1812.
Fidalgo
da Casa Real, conselheiro de Estado, capitão da companhia da Guarda
Real, grã-cruz das ordens de S. Tiago, Torre e Espada e da Legião
de Honra, de França; regedor das justiças, desembargador do Paço,
e da Consciência e Ordens no Rio de Janeiro, procurador fiscal da
Junta dos Três Estados, presidente da Junta do Novo Código,
deputado da Junta do Tabaco, da Inspecção
sobre
a peste, e do exame das dívidas da Fazenda Real; director e
inspector geral do Colégio dos Nobres, embaixador extraordinário
em Londres por diferentes épocas, desembargador da Relação e Casa
do Porto, e dos agravos da Casa da Suplicação, bacharel formado em
Cânones pela Universidade de Coimbra, comendador de Santa Maria da
Amêndoa, no bispado da Guarda.
Nasceu
a 9 de julho de 1740, faleceu no Rio de Janeiro a 16 de abril de
1812. Era filho segundo dos 1.os
marqueses e 4.os condes de Castelo
Melhor, José de Caminha Vasconcelos e Sousa Távora Faro e Veiga, e
de sua mulher, D. Maria Rosa Quitéria de Noronha, filha dos 2.os
marqueses de Angeja.
Casou
em 29 de novembro de 1783 com D. Maria Rita de Castelo Branco
Correia e Cunha, filha e herdeira de António Joaquim de Castelo
Branco Correia e Cunha, 5.º conde de Pombeiro (V. este
titulo), e de D. Ana Vitória Xavier Teles, filha dos 5.os
condes de Unhão. Pelo casamento com a 6.ª condessa de Pombeiro,
recebeu este título e a administração de todos os bens desta
nobre casa, sendo mais tarde agraciado com o titulo de marquês de
Belas em duas vidas, por decreto de 17 de dezembro de 1801 e carta
de 13 de janeiro da 1802, no reinado de D. Maria I, regência do príncipe
D. João. A 6.ª condessa de Pombeiro, por morte de seu pai, em
1784, ficou sendo a 17.ª senhora de Pombeiro, 14.ª senhora do
morgado de Castelo Branco, em Santa Iria, termo de Lisboa, 12.ª
senhora de Belas, 12.ª senhora da Alcaidaria-mor de Vila Franca de
Xira; senhora do ofício de capitão da Guarda Real dos Archeiros.
Foi também dama de honor da
rainha D. Maria I, e dama da Ordem de Santa Isabel. Nasceu a 5 de abril
de 1769, e faleceu a 3 de maio de 1832, sobrevivendo a seu marido 20
anos.
O
marquês de Belas era muito dedicado à literatura, e entusiasta
pela poesia. Escreveu: Henrique IV, poema épico, traduzido do
original francês, Lisboa, 1807; Henriada, de Voltaire. Há
quem pretenda, que estas duas traduções não são feitas pelo
marquês, mas por um seu amigo íntimo, o beneficiado e capelão da
Relação, Domingos Caldas Barbosa.
O
brasão é o dos condes de Pombeiro: um escudo, tendo em campo azul
um leão de ouro, rompente, armado de vermelho; timbre o leão do
escudo.