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Benevides
(Francisco da Fonseca).
n.
28 de janeiro de 1835.
f. [ 19 de maio de 1911 ].
Lente
de física e director do Instituto Industrial de Lisboa, lente
jubilado da Escola Naval, comendador das ordens de Cristo e da de S.
Tiago, cavaleiro da de S. Maurício e de S. Lazaro de Itália, sócio
correspondente da Academia Real das Ciências, da Academia Real de
História, de Madrid; do conselho de S. M.; etc.
Nasceu
em Lisboa a 28 de janeiro de 1835. É filho do Dr. Inácio António
da Fonseca Benevides.
Em
1851 entrou no serviço da marinha como aspirante, e concluídos os
cursos do Liceu e da Escola Politécnica, seguiu e completou também
o da Escola Naval em 1853, fazendo algumas viagens a bordo de navios
de guerra, até dar baixa do serviço efectivo da armada em 1856.
Apresentou-se como candidato no concurso de lente da cadeira de física
do Instituto Industrial de Lisboa, para a qual ficou nomeado em
1854. Também por concurso teve depois a nomeação de lente
substituto de mecânica e artilharia na Escola Naval, passando a
proprietário desta ultima cadeira em 1865. Actualmente é lente
jubilado de hidrografia na referida Escola. O sr. Fonseca Benevides
tem a graduação de capitão-tenente da armada, e foi agraciado com
o grau de cavaleiro da Ordem de Cristo em 1862, e com o de
comendador em 1867. É também cavaleiro da Ordem de S. Tiago, e sócio
correspondente da Academia Real das Ciências desde 1866. Foi
nomeado pelo governo membro das comissões encarregadas de estudar
as exposições internacional do Porto em 1865, e universal de Paris
em 1867, e deve-se-lhe a organização do museu tecnológico do
Instituto Industrial de Lisboa.
Tem
publicado o seguinte:
Curso
de artilharia da Escola Naval: descrição do material de guerra,
Lisboa, 1858; folheto litografado com quatro estampas; Curso
elementar de Física, contendo algumas noções de mecânica, e aplicações
cientificas e industriais, Lisboa, 1863; 2 tomos com gravuras
intercaladas no texto, e duas estampas coloridas; O fogo: obra cientifica
e literária, Lisboa, 1866; outra edição em 1869, sendo esta
de luxo com quarenta gravuras intercaladas no texto; este livro é a
reunião dos artigos que, sob o mesmo titulo, apareceram publicados
no tomo VIII do Arquivo pitoresco; Tratado elementar de
electricidade e magnetismo, contendo numerosas aplicações às ciências,
artes e industria, Lisboa, 1868; ilustrado com 240 gravuras; Princípios
de óptica, e suas aplicações aos instrumentos, aos faróis, à fotografia,
aos efeitos teatrais, etc., Lisboa, 1868; ilustrado com 176
gravuras e uma estampa colorida; Tabelas, regras, dados práticos
e instruções para uso de engenheiros, condutores de trabalhos, construtores
e em geral de industriais, Lisboa, 1868; Relatório sobre a
exposição universal de Paris em 1867; instrumentos de física e maquinas
de vapor; com ilustrações no texto e oito gravuras tiradas em
separado, Lisboa, 1867; impressa por conta do ministério das obras
publicas; Noções de física moderna com numerosas aplicações,
Lisboa, 1870; ilustrado com perto de 300 gravuras; compêndio
que conta várias edições, abrangendo os mais recentes progressos
da ciência. Descrição dum novo aparelho para a demonstração
das propriedades físicas dos vapores; inserto no Jornal das Ciências
matemáticas e físicas, publicado sob os auspícios da Academia
Real das Ciências, no n.º 7, Agosto de 1869; este aparelho, como
outros inventados pelo mesmo professor, é denominado de
Benevides, e acha-se descrito em várias publicações
estrangeiras, tais como: O Cosmos, de Paris, de 4 de dezembro
de 1869; Annales de Chimie et de Physique, de Paris, Junho de
1870; Eco de las Ciencias, de Madrid, de 20 de fevereiro de
1870, etc.; A Musica: memória histórico-descritiva, em seis
capítulos, inserta no Arquivo pitoresco, vol. IX, 1866; Elementos
de balística, Lisboa, 1872, com 72 gravuras intercaladas no
texto; 2.ª edição em 1882, com 117 gravuras também intercaladas
no texto; é um compêndio elementar, destinado especialmente ao
estudo dos alunos da Escola Naval; Memoria sobre o poder iluminante
de algumas substancias, Lisboa, 1874; Rainhas de Portugal, 2
vol., 1878 e 1879. Tem colaborado também no Jornal do Comércio,
Revista militar, Ocidente, etc. O Real Teatro de S. Carlos de
Lisboa, estudo histórico. É a historia deste teatro desde a
sua fundação, com muitos retratos, cromos e outras ilustrações;
livro muito curioso que se publicou em 1883; em 1902 saiu uma
segunda parte com o movimento do teatro até este ano. Também
publicou em 1894 um livro com o título de No tempo dos franceses.
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Biografia de Francisco da Fonseca Benevides Infopédia
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