Bento
(Joaquim).
n.
f. 6 de janeiro de 1895.
Actor
muito popular das plateias dos velhos teatros da rua dos Condes e
Variedades. Era funileiro de profissão e o seu principal mister era
forrar telhados a zinco. Ainda pouco tempo antes de morrer, apesar
da sua avançada idade e da grave doença de que sofria, se via
exercendo o seu ofício.
Teve
a sua época, salientando-se em alguns papéis, como no Feio de
corpo, bonito de alma, Dois dias no Campo Grande, Um
provinciano em Lisboa, Dois pobres a uma porta, Pedro
Cem, etc. Escriturou-se depois, em 1877, no teatro do Príncipe
Real, onde ultimamente já pouco trabalhava pelo seu mau estado de
saúde. Faleceu a 6 de janeiro de 1895.
O
seu repertório foi grande na época da sua popularidade; além das
peças apontadas, apontam-se as seguintes comédias e cenas cómicas:
A vizinha Margarida, O 66, Tio e sobrinha, Revista
de 1860, Revista de 1861, e Revista de 1876, O
sr. Ramalho em Lisboa, Um sapateiro industrioso, Qual
deles é meu filho?, Um namorado exemplar, etc.