Berardo
(Padre
José de Oliveira).
n. 3
de junho de 1805.
f. outubro de 1862.
Presbítero,
comissário dos estudos e reitor do Liceu Nacional de Viseu, sócio
correspondente da Academia Real das Ciências de Lisboa, etc.
Nasceu
no lugar do Pinheiro a 3 de junho de 1805, mas residiu em Viseu
desde a sua infância. Segundo se lê no Dictionnaire
historico-artistique de Portugal, de conde de A. Raezynski, a pág.
27, Berardo era muito zeloso pela glória literária de Portugal.
Homem de grande instrução, vivendo com independência, dedicava-se
com amor ao estudo. Faleceu em Outubro de 1862, sendo cónego da sé
de Lisboa.
Escreveu:
Revista histórica de Portugal, desde a morte do senhor D. João
VI até o falecimento do imperador D. Pedro, Coimbra, 1840; Segunda
edição mais correcta, e acrescentada com um suplemento até à
restauração da Carta Constitucional, Porto, 1846; ambas as edições
saíram sem o nome do autor; Memoria sobre alguns reparos que se
podem fazer à biografia, e aos méritos de Jacinto Freire de
Andrade, Lisboa, 1855; saiu também no tomo I, parte 2.ª das Memórias
da Academia, nova série, classe 2.ª Colaborou por algum tempo
no Liberal de Viseu, onde entre outros artigos, publicou as
seguintes: Noticias históricas de Viseu, em 1857, desde o n.º
1 até ao n.º 15; Noticia dos artistas portugueses distintos na
musica, como compositores, ou como teóricos, n.º 5; Crónica
visiense do seculo XVII, n.os 18 até 24; Noticia
das antigas cortes portuguesas, n.os 26 a 28; Usos
e singularidades das plantas, n.os 27 a 31; As
sete maravilhas do mundo, com as sete maravilhas de Viseu por apêndice,
n.º 29; O numero dos filhos naturais não cresce na razão
directa da devassidão publica, n.º 32; Os antigos mesteres
entre nós, n.º 33; Um capitulo de Viseu em 1640, n.os
36 e 37; Promoção de algumas culturas; n.º 37, Adopção
de novos pesos e medidas, n.º 39 ; Avaliação literária de
D. Fr. Manuel do Cenáculo, n.º 40, etc. Atribui-se-lhe o
seguinte opúsculo : Exame sobre a legitimidade canónica de vários
capitulares de Viseu, Lisboa, 1839.