Bordalo
Pinheiro
(Tomás).
n. [ 8 de
setembro de 1861 ].
f. [ 19 de setembro de 1921
].
Faz
parte desta família de artistas, cujo progenitor foi Manuel Maria
Bordalo Pinheiro, pintor e gravador. (V. este nome).
Cursou
o Instituto Industrial. É desenhador mecânico, foi desenhador na
Fundição de Canhões de 1880 a 1890, desenhador da casa inglesa
Baerlein, de 1885 a 1893. Estabeleceu uma indústria nova dos
alfinetes de ferro e latão, ganchos para cabelo, barbas de
espartilhos e vestidos; montou para isso uma fábrica em Santo
Amaro, rua de João Lemos, em 1893, fábrica Progresso Mecânico.
Montou também em Santo Amaro, em 1902, outra oficina
Fotolitográfica gravura química, que tem produzido trabalhos
importantes. É professor de desenho de máquinas na Escola
Industrial de Xabregas desde 1888; director das oficinas da mesma
escola, e professor interino de arquitectura até à presente
data.
Em
1904 iniciou a obra que lhe pareceu ser de maior importância para o
ensino profissional, tão atrasado e descurado entre nós, é como
uma indústria nova, por isso que nada havia ainda escrito sobre
mecânica e nomenclatura de máquinas. Esta obra é o Manual do Operário,
biblioteca de instrução e educação profissional, dedicada ao
operariado português. Esta obra constituirá uma enciclopédia
bastante vasta sobre todos os ofícios a ramos de indústria. O
operário encontrará não só os elementos científicos que se
referem à sua especialidade, mas as noções gerais que sobre as
alheias desejar obter. Tomás Bordalo Pinheiro é auxiliado neste
seu empreendimento com a colaboração de outros professores de
ensino industrial, e de profissionais de reconhecido mérito.
Actualmente é director da Associação Industrial Portuguesa.