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Bulhões
(António
Eliseu Paula de).
n. 14 de junho
de 1780.
f. 28 de fevereiro de
1844.
Engenheiro
militar.
Nasceu
em Lisboa a 14 de junho de 1780, faleceu em 28 de fevereiro de 1844.
Era filho do dr. Frei Miguel Filipe Néri de Bulhões, médico do
Santo Ofício.
Tendo
concluído o curso que nessa época se exigia para os oficiais de
engenharia, foi despachado 2.º tenente para essa arma em 23 de julho
de 1804, sendo promovido a 1.º tenente em 1809. Entrou na guerra
peninsular, e ficando prisioneiro dos franceses, recusou formalmente
aceder aos convites que lhe fizeram para se alistar no serviço de
Napoleão e, apenas pôde livrar-se da prisão, regressou ao reino.
Este facto elevou-o ao posto de capitão em setembro de 1810.
Continuando a tomar parte na guerra prestou importantes serviços,
distinguindo-se no cerco de S. Sebastião, pelo que mereceu os
elogios de Burgoyne, que ficara comandando os engenheiros, em
substituição de Fletcher, que morrera no assalto desta praça.
Quando
terminou a campanha, foi António de Bulhões encarregado dos
melhoramentos da viação do Alentejo. Em 1820 teve a promoção de
major, e em 1827 foi nomeado inspector dos incêndios de Lisboa,
situação em que se conservou até 1832, ano em que voltou a servir
no exercito, seguindo a causa absolutista, em que obteve os postos
até brigadeiro, e comandava a engenharia, quando se deu a convenção
de Évora Monte, em 1834. Terminando a guerra civil, recolheu-se à
vida particular, até que faleceu.
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