Reposteiro-mor
vitalício da Casa Real (oficial-mor); alcaide-mor e capitão-mor da
ilha de Santa Maria, e da cidade do Funchal e Porto Santo;
alcaide-mor de Penamacor, Valelhas, Almendra, Castelo Melhor e
Salvaterra do Extremo; senhor das vilas de Valelhas, Almendra,
Salvaterra do Extremo, Castelo Melhor, Gonçalo e Famalicão;
comendador das comendas de N. Sr.ª da Conceição da vila da
Redinha, de Santa Maria de Salvaterra do Extremo; de S. Martinho de
Pombal, de S. Miguel da Facha, todas na Ordem de Cristo; senhor dos
vínculos e propriedades acima referidos, e outras reais privativas
de seus ascendentes; par do reino, por carta régia de 31 de outubro
de 1826, não chegando a tomar posse na respectiva câmara; grã-cruz
da Ordem de Carlos III, de Espanha, e da de Leopoldo de Áustria;
mordomo-mor da arquiduquesa de Áustria, D. Maria Leopoldina Josefa
Carolina, primeira mulher de D. Pedro IV etc.
Nasceu
a 23 de junho de 1783, faleceu a 27 de agosto de 1827. Era filho do
2.º marquês de Castelo Melhor, António José de Vasconcelos e
Sousa, e de sua mulher D. Mariana de Assis Mascarenhas. Sucedeu na
casa de seu pai a 6 de junho de 1806, e recebeu a mercê: do titulo
de marquês de juro e herdade a 17 de fevereiro de 1802.
O
de conde da Calheta foi-lhe concedido a 24 de maio de 1793,
declarando-se na carta desta data: "titulo a que tem direito
como filho primogénito do marquês de Castelo Melhor". A mercê
de juro e herdade neste título foi feita pelos serviços
de seus maiores, como se declara no decreto de 27 de abril de
1807. O marquês de Castelo Melhor serviu na Guerra Peninsular, foi
embaixador extraordinário na corte espanhola em 1814 para felicitar
em nome de D. João VI o rei Fernando VII pelo seu regresso a
Madrid, e encarregado de acompanhar a arquiduquesa de Áustria, D.
Maria Leopoldina, na sua viagem desde Leorne até à corte do Rio de
Janeiro, onde chegou em maio de 1817. Casou a 29 de maio do 1811 com
D. Francisca Xavier Teles da Gama, filha dos 7.os
marqueses de Nisa. O brasão dos marqueses do Castelo Melhor é o
mesmo dos condes da Calheta. V. Calheta.
