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Castilho (Augusto Frederico
de).
n.
3 de setembro de 1802.
f. 31 de dezembro de 1840.
Presbítero secular, doutor em cânones
pela Universidade de Coimbra.
Recebeu o grau de bacharel em 1822, e
o capelo de doutor a 28 de maio de 1826; opositor às cadeiras da
referida faculdade; cavaleiro da Ordem de N. Sr.ª da Conceição; pregador
régio, cónego e arcipreste da sé patriarcal de Lisboa; prior da
freguesia de S. Mamede da Castanheira do Vouga; governador do
bispado de Beja em 1835; deputado na primeira legislatura que se
seguiu à restauração do governo constitucional e nas de 1835 e
1836; membro de. Conservatório Real de Lisboa, etc.
Nasceu a 3 de setembro de 1802, faleceu
na ilha da Madeira a 31 de dezembro de 1840. Era filho do dr. José
Feliciano de Castilho e de sua mulher D. Domicilia Máxima de
Castilho.
Unido pela mais intima amizade a seu
irmão António Feliciano de Castilho, dotado como ele de um brilhantíssimo
talento literário, auxiliou-o com infatigável dedicação nos
estudos, que lhe dificultava a cegueira, e em paga desta dedicação
mais que fraternal teve sempre o afeto profundíssimo do grande poeta,
a saudade profunda, e o tributo de admiração que sempre lhe
prestou. Liberal por índole e por educação, mas respeitado sempre
pelo seu caracter sagrado e pela moderação dos seus princípios,
Augusto Frederico de Castilho pôde dar asilo na sua casa de Castanheira
de Vouga a seu irmão António, perseguido pelas manifestações do
seu engenho em prol da causa da liberdade. Quando em 1884 triunfou a
causa constitucional, Castilho foi nomeado sucessivamente cónego arcipreste
da sé de Lisboa, e governador do bispado de Beja. Adoecendo com a terrível
doença tísica, que o vitimou aos trinta e oito anos de idade, foi
para a ilha da Madeira, procurar alívios à sua saúde, sendo
acompanhado pelo seu irmão António, que assistiu ao seu falecimento.
Escreveu: Sermão das Exéquias de
sua majestade imperial o senhor D. Pedro. Duque de Bragança, pregado
na igreja da Lapa, Lisboa, 1834; na Colecção das Poesias
recitadas na Sala dos actos da Universidade de Coimbra, em 1820,
veem algumas composições suas, e também um pequeno trecho de
versos na Primavera, poema de seu irmão António, a pág.
155 da edição de 1886. Depois da sua morte, seu irmão, o
conselheiro José Feliciano de Castilho, publicou o seguinte: Práticas
religiosas de Augusto Frederico de Castilho, etc. precedido
de um elogio histórico por António Feliciano de Castilho, Rio
de Janeiro, 1866.
Genealogia
de Augusto Frederico de Castilho
Geneall.pt
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