Castilho (Eugénio de).

n.       27 de abril de 1846.
f.        8 de janeiro de 1900. 

Escritor, poeta, administrador do concelho de Lagos, para onde partiu a 22 de junho de 1870, amanuense da biblioteca Pública de Lisboa, etc. 

Nasceu em Lisboa a 27 de abril de 1846, faleceu na mesma cidade a 8 de janeiro de 1900. Era o último filho do visconde de Castilho, António Feliciano de Castilho, e de sua mulher D. Ana Carlota Xavier Vidal. Entrou muito cedo na vida literária, estreando-se aos vinte anos  com um romance original, intitulado Miragens da felicidade, que foi publicado na colecção do Jardim do Povo. Desde então escreveu e imprimiu varias poesias, colaborando como poeta e prosador em diversos jornais. 

Em 1868 fundou com Ascensão de Almeida um jornal literário e critico com o titulo de Folha de curiosos, no qual colaborou seu pai, D. António da Costa., e outros escritores de reconhecido mérito. Apesar de sair em períodos irregulares, a Folha de curiosos durou até 1869, formando um volume ilustrado com algumas gravuras. Em junho de 1868 publicou uma poesia, Pobre flôr! na Lira Portuguesa, para que o maestro Francisco de Sá Noronha escreveu a música. A Eugénio de Castilho se deve a compilação dum Dicionário de Rimas, editado pela livraria Ferreira. Publicou também um conto original: Os amores da aldeia, e a tradução dos Borrachos, conto de D. António Trueba, os quais andam juntos com as Miragens da felicidade. Escreveu mais: Pátria contra a Ibéria, Lisboa, 1868, poesia que ele recitou na sessão magna comemorativa do aniversário da restauração e independência de Portugal celebrada em 1868 no palácio dos condes de Almada pela Comissão Central 1.º de Dezembro de 1640; Outra poesia, de assunto semelhante, também recitada em igual solenidade no 1.° de dezembro de 1869 saiu no Diário de Noticias do mesmo dia; A  poesia, estudo critico acerca do poema Tasso de Cândido de Figueiredo saiu em folhetins na Revolução de Setembro, de 18,19 e 21 de junho de 1870. Colaborou também no princípio do Diário Ilustrado. Deixou inédito: Impressões de uma viagem ao Minho, e um Estudo biográfico e crítico acerca de Plínio o moço. 

Eugénio de Castilho casou a 9 de junho de 1878 com D. Joana Schalck, de origem alemã, filha de Henrique Schalck, cavaleiro da Ordem de Cristo, negociante da praça de Lisboa, e de sua mulher D. Virgínia Gerstlacher.

Genealogia de Eugénio de Castilho
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