Poetisa.
Nasceu
em 1634, faleceu a 25 de março de 1714. Era filha de Diniz Gomes da
Mata Coronel; fidalgo da Casa Real, couteiro-mor do reino e de sua
mulher D. Violante de Castro; descendente da casa dos condes de
Monsanto.
Era
senhora de grande talento e de elevada erudição. O padre António
Vieira respeitava-a muito, e visitava-a repetidas vezes, porque
tinha em grande apreço a sua ilustrada conversação, e a
profundidade com que discorria sobre qualquer assunto. A princesa D.
Isabel, filha de D. Pedro II, dispensava-lhe muita amizade e
consideração. D. Joana, em prova de afecto, dedicou-lhe a maior
parte das suas poesias. Apesar de ter sido requestada por alguns
fidalgos para esposa, preferiu conservar-se sempre solteira.
Foi
sepultada na capela-mor do convento de Santo António da Cruz da
Pedra, pertencente hoje a Lisboa. Das suas poesias, escritas em
português e em castelhano, formou uma colecção sua irmã, D.
Maria Madalena de Castro, que parece ter sido publicada mais tarde
em volume, por seu sobrinho Luís Vitório de Sousa Coutinho.