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Cunha
(José Germano da Silva
Pereira e).
n.
22 de novembro de 1839.
f. 3 de agosto de 1903.
Prosador
e poeta.
Nasceu
em Castelo Branco a 22 de novembro de 1839; faleceu no Fundão a 3
de agosto de 1903. Era filho do Dr. Daniel da Silva Pereira e Cunha
(V. este nome) e de D. Leonor Cândida da Silva. Foi casado
duas vezes, a primeira com D. Maria Augusta de Paiva Carneiro e
Cunha, a segunda com D. Maria Manuela dos Santos e Cunha.
Depois
dos seus primeiros estudos, a falta de vista, que desde cedo se
tinha começado a manifestar, acentuou-se por tal forma que, no ano
de 1855, os abandonou por não poder seguir uma carreira literária.
Não deixou, porém, de cultivar sempre as letras, até ao último
momento de vida. Ainda bem novo colaborou no Almanaque
de Lembranças
com diversos artigos e poesias e depois em vários jornais,
cujos títulos se podem ler no número homenagem que a Folha do
Fundão publicou em 9 de agosto de 1903. Foi redactor e fundador
do jornal O Apóstolo da Verdade,
que em 26 de maio de 1870 começou a publicar-se no Fundão
e que durou até 28 de julho de 1871. Colaborou no jornal A
Beira Baixa, do Fundão, cujo primeiro número saiu em 4 de outubro
de 1891. Foi redactor e fundador do Jornal
do Fundão, que
saiu a público em 6 de fevereiro de 1898, e do Unhais
da Serra, que teve princípio em 1 de fevereiro de 1900 e cujos
primeiros números foram impressos em Lisboa.
Escreveu:
A
torre dos namorados, 1866; Notícia
histórica da Santa Casa da Misericórdia
do Fundão,
1870; A propósito da
Monografia de Castelo Branco;
Fotografias (sonetos); Fotografias (versos humorísticos),
2.ª edição correcta e muito aumentada, Lisboa, 1893; Apontamentos
para a história do
concelho do Fundão, Lisboa,
1892; O conselheiro de Estado
José Silvestre Ribeiro;
Jornalismo do distrito de Castelo Branco
(resenha histórica); O
Fundão (breve notícia
com gravuras), Lisboa, 1898; Entre sombras (versos),
1903.
José
Germano da Cunha, que tinha pelo Fundão um entranhado amor,
prestou-lhe relevantíssimos serviços. O seu nome ficou ligado à
Santa Casa da Misericórdia daquela vila, à construção do Casino
Fundanense, um bom edifício moderno, que se deve à sua iniciativa
e grande tenacidade; ao mercado público; etc.
José
Germano da Cunha sofreu a perda total da vista poucos anos antes de
falecer, mas suportou resignadamente essa infelicidade.
Genealogia
de José Germano da Silva Pereira e Cunha
Geneall.pt
Biografia
de José Germano da Silva Pereira e Cunha
Arquivo Fotográfico do Fundão
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