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Duarte
(Inocêncio de Sousa).
n.
28 de julho de 1819.
f. 21 de agosto de 1884.
Escritor.
Nasceu
em Porto de Mós a 28 de julho de 1819, faleceu em Lisboa a 21 de agosto
de 1884. Era filho de Januário Duarte, secretário da Câmara
Municipal de Estremoz e de D. Violante Rosa da Porciuncula.
Destinando
se à vida eclesiástica, frequentou as aulas do seminário de
Leiria, mas afinal resolveu seguir outra carreira, e saiu do seminário
sem ter ainda tomado ordens sacras, sendo pouco depois nomeado
subdelegado do procurador régio, lugar que desempenhou com tanta
distinção que da presidência da Relação de Lisboa, e pelas boas
informações do juiz da comarca, lhe foi mandado o diploma de
advogado provisional, que por muitos anos exerceu na terra da sua
naturalidade, e depois no Concelho de Mafra, onde veio a estabelecer
se definitivamente. Foi vereador e presidente da Câmara Municipal
de Porto de Mós e de Mafra, procurador à Junta Geral do Distrito e
administrador do Concelho. Vindo a Lisboa, faleceu com uma congestão
cerebral.
Escreveu:
Relatório da gerência da Câmara Municipal de Mafra no ano de
1864, apresentado na sessão de 3 de Janeiro de 1865 pelo presidente,
etc. Lisboa, 1865; Formulário geral dos tabeliães, Lisboa,
1861; Formulário geral dos escrivães de primeira instância,
Lisboa, 1861; Novíssima prática judicial, ou regimento dos
escrivães de primeira instância, Porto, 1863; Manual dos
procuradores, Porto, 1864; O júri português, manual dos
cidadãos jurados, Porto, 1865; O homem de Porto de Mós;
brevíssima resposta a anónimos, Mafra 1867; é uma colecção
de 37 documentos comprovativos da probidade, inteligência e bons
serviços do autor, prestados na terra da sua naturalidade, para
responder com eles a impugnações de adversários que o haviam do
estado em artigos anónimos insertos nos jornais; O código dos
tabeliães ou manual teórico do notariado português, Lisboa,
1869; Sinopse dos actos principais da gerência da Câmara
Municipal de Mafra no biénio de 1868 e 1869, apresentado na sessão
de 2 de Janeiro de 1870, Lisboa, 1870; A mulher na sociedade
civil; compêndio dos seus direitos, obrigações e privilégios,
segundo as leis em Portugal, oferecido às escolas do sexo feminino,
Lisboa, 1870: Arestos; primeira parte das nulidades do processo,
manual dos juízes, delegados e empregados judiciais, contendo a
doutrina e decisões do supremo tribunal de justiça e legislação
pátria, acerca das nulidades do processo até o fim de 1870,
Lisboa, 1871; Manual prático dos novos juízes ordinários e
seus escrivães, segundo a lei de 16 de Abril de 1874, com o formulário
e tabelas, Lisboa, 1875; O tributo de sangue; manual do
processo de recrutamento, segundo a legislação em vigor, dedicado
aos reverendos párocos, Srs. regedores e chefes das famílias das
freguesias rurais, Lisboa, 1876; Formulário geral dos novos
juízes ordinários e seus escrivães, Lisboa, 1875; Novo
manual do processo civil nos tribunais de primeira instância,
Lisboa, 1877; Relatório do foro português, primeiro ano, Lisboa,
1878; As leis do casamento, Lisboa, 1878; Manual novíssimo
dos regedores e juntas de paróquia, Lisboa, 1878; O peticionário
rural, Lisboa, 1879; Manual dos proprietários, Lisboa,
1879; Tratado prático dos testamentos, Lisboa, 1880; Dicionário
de direito comercial, obra dividida em 2 tomos, tratando o
primeiro do comércio terrestre, e o segundo do comércio marítimo.
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