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Economia
política.
Ciência
da produção, da divisão e consumo das riquezas.
A
economia política abrange a economia doméstica, industrial,
comercial e rural. Os progressos desta ciência pouco devem a
Portugal, mas entre nós tem havido alguns escritores que a
cultivaram e publicaram vários estudos interessantes. Os lentes das
cadeiras de Economia política na Universidade, na Academia Politécnica,
do Porto, Escola Politécnica e Instituto Industrial de Lisboa,
etc., organizaram os respectivos compêndios. Para outras escolas
populares também se publicaram alguns compêndios que ainda hoje se
podem consultar, uns por simples curiosidade, outros com merecido
apreço.
O
decreto de 5 dezembro de 1836 criou a cadeira de Economia Política
na Universidade de Coimbra e o seu primeiro lente foi o dr. Adrião
Pereira Forjaz de Sampaio, que sucessivamente fez várias edições
dos seus Novos elementos de
economia política e estatística. Para a Escola Politécnica e
Instituto de Lisboa, escreveu o lente Luís de Almeida e Albuquerque
os seus Princípios
elementares de economia política, Lisboa, 1885. Para as escolas
populares, criadas pela lei de 27 de Junho de 1866, redigiu J. A.
Rebelo da Silva o seu bem elaborado Compêndio
de economia industrial e comercial, Lisboa, 1868.
Os
estudos económicos mais antigos remontam entre nós a 1814, ano em
que José Acúrcio das Neves publicou as suas Variedades
sobre objectos relativos às artes, comércio e manufacturas,
consideradas segundo os princípios da Economia Política. Sob
outros nomes, vários autores têm tratado desta ciência. Ferreira
Borges publicou uns Princípios
de sintetologia, que, segundo ele, queria dizer: ciência de
finanças. Oliveira Martins escreveu um volume Crematística,
que definiu: ciência das riquezas. Entre outros autores economistas
portugueses podem ainda citar-se : Marreca, M. Ventura, C. Morato,
Araújo Juzarte, Raimundo Valadas, Rodrigues de Freitas, etc.
Adenda
António de Oliveira Marreca, Noções
elementares de economia política, Lisboa, 1838; José
Miguel Ventura, Estudos sobre economia política, Lisboa,
1868;
Carlos Morato Roma, Reflexões
sobre a questão financeira em 1856, Lisboa, 1856; -
A questão da moeda, Lisboa, 1861; Álvaro
Raimundo Lopes Valadas, Economia elementar e noções de
legislação industrial, Lisboa, 1902; J.
J. Rodrigues de Freitas, Crise monetária e política de 1876 :
causas e remédios, Porto, 1876.
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