|
|
|
Francos
(Fernando da Fonseca
Mesquita e Sola, 1.° barão e 1.° visconde de).
n.
1 de dezembro de 1795.
f. 14 de dezembro de
1857.
Ministro
e secretário de Estado dos negócios da guerra, par do Reino,
comendador das ordens de N. Sr.ª da Conceição, e da Torre e
Espada; cavaleiro da Ordem de S. Bento de Avis, comendador da de
Carlos III, de Espanha; brigadeiro, comandante geral das guardas
municipais, deputado nas legislaturas de 1840 a 1846, etc. Nasceu a
1 de dezembro de 1795; faleceu a 14 de dezembro de 1857. Era filho
de Luís de Sola Teles, proprietário na vila de Arreigada, e de sua
mulher D. Leonor Teresa de Castro, filha de José Henriques de
Castro, proprietário na vila da Covilhã, e de sua mulher, D.
Brites Maria Teodora.
Entrou
no serviço do exército no depósito de Mafra, como aluno do Real
Colégio Militar em Agosto de 1813, sendo despachado alferes em
1819, e promovido a tenente em 1820. Emigrando em 1828 para
Inglaterra, por causa das suas ideias liberais, passou ao Rio de
Janeiro, e dirigindo-se depois a Brest fez parte da expedição de
Belle-Isle. Tendo desembarcado nas praias do Mindelo com o batalhão
de oficiais, a que pertencia, foi logo nomeado assistente do quartel
mestre general e promovido a capitão, indo servir no estado maior
da 2.ª divisão, quando veio o general Solignac, voltando depois ao
seu antigo lugar de assistente, até que, por ocasião da partida de
D. Pedro para Lisboa, foi nomeado ajudante de ordens do general
Saldanha. No cerco do Porto distinguiu-se nas acções de 4 e 24 de
março, e na batalha do dia 25 de julho, devendo-se-lhe o não terem
os soldados do exército miguelista forçado a posição de Francos,
que era o ponto mais fraco das linhas do Porto. O general Saldanha,
ao relatar ao governo a forma por que o seu ajudante se comportara
naquele dia, fez-lhe tão elevados elogios, que o capitão Sola foi
promovido ao posto de major. Até ao fim da campanha prosseguiu
dando provas da maior valentia e coragem, principalmente nas acções
de 18 de agosto no Porto, de 5 de setembro e 10 de outubro em
Lisboa, em Pernes e na batalha de Almoster, pelo que lhe foi dada a
comenda da ordem da Torre e Espada.
Em
agosto de 1835 partiu para Angola, como secretário do governo da
província, e voltando ao reino, em 1838, foi nomeado em princípios
do ano de 1840, chefe do estado maior da 3.ª divisão militar,
permanecendo nesta comissão até 1843, em que, sendo já coronel,
tomou o comando do Regimento de Granadeiros da Rainha. Com este
corpo, onde se conservava por muitos anos, entrou na luta civil de
1846, conhecida pelo nome de Maria da Fonte, sendo-lhe então dado o
título de barão de Francos por decreto de 20 de janeiro de 1847,
pelos serviços prestados na acção de Torres Vedras, sucedida em
22 de dezembro do referido ano de 1846. Em 8 de janeiro de 1848 foi
nomeado ministro da Guerra, cargo que exerceu até 29 de janeiro de
1849; em 1 de maio de 1851 encarregou-se interinamente das pastas da
guerra e da marinha, deixando-as a 17 desse mesmo mês, quando o
marechal Saldanha chegou triunfante a Lisboa, depois da Regeneração.
Recebeu mais tarde a graduação de brigadeiro e o cominando da Guarda
Municipal de Lisboa, sendo eleito par do Reino em 1853, e elevado ao
titulo de visconde, por decreto de 30 de junho de 1854. Pedindo a
exoneração do comando em agosto de 1856, retirou-se para a sua
casa da Arreigada, e ali faleceu, no estado de solteiro, herdando o
título seu sobrinho, José Henriques de Castro Sola, actual
visconde de Francos. (V. o
artigo .seguinte)
Escreveu:
Memória
sobre a província de Angola, publicada no Diário
do Governo, n.º 163, de 12 de Julho de 1838.
|
|
|
|
|