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Fronteira
(Pedro João de Morais Sarmento, 9.º conde da Torre, 6.° marquês
de Alorna e 8.º marquês de).
n. 27
de dezembro de 1829.
f. 10
de fevereiro de 1903.
Era
também 2.° barão da Torre de Moncorvo. Em verificação de vida
concedida no titulo de seu pai; par do Reino; oficial-mor da Casa
Real; antigo gentil-homem da câmara de D. Luís I, com exercício
na câmara do rei D. Fernando Il; camarista de sua majestade o rei
senhor D. Carlos I, comendador da Ordem de Cristo, cavaleiro da
Ordem Soberana de S. João de Jerusalém, de Roma; grande oficial da
Ordem de Nichaf Intikar, de Tunis; oficial da Ordem de Leopoldo, da
Bélgica; segundo secretário de legação, provedor do Asilo de D.
Maria Pia.
Nasceu
em Copenhaga a 27 de dezembro de 1829, faleceu em Benfica a 10 de fevereiro
de 1903. Era filho do 1.° barão e 1.° visconde da Torre de
Moncorvo, Cristóvão Pedro de Morais Sarmento, e de sua primeira
mulher, D. Carolina Guilhermina Jordan. Casou a 12 de maio de 1856,
com D. Maria Mascarenhas Barreto, 9.ª condessa da Torre, e actual
viúva, sr.ª marquesa de Fronteira e Alorna, dama honorária das
rainhas D. Estefânia e senhora D. Maria Pia, a qual nasceu a 27 de
maio de 1822; filha única e herdeira dos 7.os marqueses
de Fronteira, 5.os marqueses de Alorna, e 8.os
condes da Torre. A senhora marquesa também copiou uma das estâncias
dos Lusíadas, na edição litográfico-manuscrita há anos
publicada. Sucedeu na casa de seu pai a 19 de fevereiro de 1881.
Pelo
seu casamento, ficou o 2.º barão da Torre de Moncorvo autorizado a
usar do título de conde da Torre, por decreto de 29 de maio de
1856, e o de marquês de Fronteira e de Alorna, por decreto de 6 e
carta de 25 de maio de 1881. O título de barão da Torre de
Moncorvo fora renovado, em verificação da segunda vida, a 8 de novembro
de 1848. A data da carta régia que o elegeu par do reino é de 16
de maio de 1874, prestando juramento e tomando posse na respectiva câmara
na sessão de 5 de janeiro de 1875. O marquês de Fronteira foi
educado em Londres; era um verdadeiro artista; amava em extremo a música,
de que se tornou um apreciado cultor; foi um dos fundadores e
directores da Real Academia dos Amadores de Música. Tinha também
grande predilecção pelas rosas, e o seu jardim era um dos mais
belos de Lisboa. Ninguém, como ele, possuía uma colecção de
rosas tão preciosa, não havendo uma só qualidade que não possuísse.
Dedicava-se igualmente à fotografia. Não tinha filhos, mas
interessava-se em extremo pelas criancinhas, que constituíam o seu
encanto. Os criados de sua casa, quando o cansaço ou a doença os
inutilizavam, continuavam habitando numa dependência do palácio,
onde nada lhes faltava, até que faleciam.
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