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Isabel
(D.).
n. 24 de outubro de 1503.
f. [ 1 de maio de ] 1539.
Imperatriz
da Alemanha.
Nasceu
em Lisboa a 24 de outubro de 1503, faleceu em Toledo em 1539. Era
filha do rei D. Manuel e da rainha D. Maria, sua segunda mulher.
Contava
vinte e dois anos quando casou com o imperador Carlos V, que por ela
se apaixonara. Este casamento foi recomendado pelo rei D. Manuel, em
codicilo feito a 11 de dezembro de 1521. A recomendação do monarca
cumpriu-se, e a 6 de outubro de 1525 firmou-se em Torres Novas o
contrato de casamento da infanta D. Isabel com o imperador Carlos V,
o monarca mais poderoso que então dominava na Alemanha e na
Espanha, estendendo a influencia da sua politica e o poder das suas
armas ao mundo inteiro. O contrato confirmou-se por procuração, em
Almeirim, a 1 de novembro do referido ano, sendo Carlos V
representado pelo seu embaixador Carlos Popeto. Houve grandes festas
em Almeirim, que duraram até ao fim do ano.
A
nova imperatriz seguiu em janeiro de 1526 para Elvas com grande
comitiva, fazendo a viagem em liteira até à raia; depois montou
numa linda faca branca, e com luzido acompanhamento foi ao encontro
da embaixada que a vinha buscar da parte do imperador, e que se
compunha do duque de Calábria, duque de Béjar e arcebispo de
Toledo. Celebraram-se as bodas com grande magnificência em Sevilha
em 1 de março de 1526 Carlos V deu por divisa a sua mulher as três
graças, tendo uma delas uma rosa, símbolo da formosura de D.
Isabel; outra um ramo de murta, símbolo do amor; e a terceira uma
coroa de carvalho, símbolo da fecundidade, e este mote: Has
habet et superat [Recebe estas (graças) e supera-as]. D. Isabel
recebera, em dote novecentos mil cruzados, quantia importantíssima
naquela, época. Enquanto Carlos V corria o mundo, procurando saciar
a sua ambição incomensurável, residia ela em Toledo, sem se
ocupar das coisas da política, sem fausto, quase sempre no seu oratório
rezando, ou junto das amas dos seus numerosos filhos.
Os
seus muitos partos ocasionaram-lhe a morte, e ficou sepultada em
Granada. Diz-se que o imperador tanto se apaixonou pela perda de sua
esposa, que ainda no convento de S. Justo, onde se recolheu, passava
horas a contemplar o retrato que da formosa filha de D. Manuel
fizera o pintor Ticiano.
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Genealogia
de D. Isabel
Geneall.pt
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