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Janny
(D. Amélia).
n. [
25 de fevereiro de 1842 ].
f. [
19 de março de 1914
].
Poetisa
contemporânea, natural de Coimbra.
Desde
a mais tenra idade mostrou uma não vulgar tendência e facilidade
para a poesia. Tendo pouco mais de catorze anos, o falecido escritor
e poeta dr. António Xavier Rodrigues Cordeiro lhe anima a sua vocação,
e a apresentou a António Feliciano de Castilho, mais tarde visconde
de Castilho, que na presença de todos os poetas, prosadores, homens
de ciências e de artes desse tempo, lhe fez uma consagração.
Manuel Maria Bordalo Pinheiro desenhou-lhe um primoroso de retrato
à pena.
Desde
1860, em todas as manifestações académicas se tem feito ouvir a
sua voz de poetisa, quer no teatro, quer nas salas de conferências,
no Instituto, na Associação dos Artistas. A sua inspiração
arranca sempre aplausos, e é escutada com entusiasmo comovente
porque o seu talento impõe-se, e sabe sempre interpretar os
sentimentos da mocidade. Em 1880, por ocasião das festas do centenário
de Camões, recitou no Teatro Académico de Coimbra, que se via
completamente cheio, a sua poesia Pátria,
obra-prima de patriotismo, que se distribuiu impressa pelos
espectadores. As suas poesias andam dispersas em muitos jornais, e não
foram nunca reunidas em volume, por não o permitir a modéstia da
distinta poetisa. Uma das suas melhores composições modernas,
dizem ser a poesia O Médico,
homenagem ao dr. Raimundo Gama, e corre impressa em edição muito
cuidada.
D.
Amélia Janny foi premiada no concurso da Academia de Monte Real
pela sua poesia Victor Hugo; possui o colar do Instituto de
Coimbra, é sócia do Retiro Literário Português, no Rio de
Janeiro; do Grémio Literário do Pará; da. Associação dos
Artistas de Coimbra, da Filantrópica Académica, etc.
Amélia
Janny Wikipedia
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