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José
(Amaro).
n. 1817.
f. julho de 1907.
Tambor-mor
reformado.
Nasceu
em Belém em 1817, faleceu no hospital militar também
de Belém, em julho de 1907.
Assentou
praça aos doze anos de idade, a 3 de janeiro de 1829, no Regimento
de Infantaria n.º 1, que tinha por oficiais alguns moços fidalgos,
como os capitães D. João e D. António Breyner. Em 1833 tomou
parte num combate juntamente com uma brigada composta do Regimento
de Infantaria n.º 1, a que pertencia, caçadores n.º 4, cavalaria
n.º 4, e os batalhões de Mangualde, Castro Daire e Bragança,
combate que durou duas horas. Foram tirados depois ao regimento
oitenta e cinco militares, entrando neste número Amaro José, que,
assim como os seus camaradas, ficou fazendo parte do piquete da
vanguarda do imperador D. Pedro IV. Ainda tomou parte nalguns
combates naquela época, como no de Viana do Alentejo e Alto do
Viso, sendo num deles ferido numa perna. Esteve bastante tempo no
Porto em serviço, e veio depois para Lisboa Fez parte da divisão
auxiliar a Espanha, sob o comando do conde das Antas. Também foi
incorporado na força que foi ao Algarve, comandada pelo conde de
Bonfim. No Algarve, uma força de oitenta e cinco homens em que se
contava Amaro José, bateu-se contra trezentos
guerrilheiros, e conseguiu vencê-los, usando do
seguinte estratagema: como pelo número se viam impotentes para a
luta, de quando em quando faziam toques de corneta denunciando a
aproximação de regimentos de cavalaria e de intentaria, e os
guerrilheiros, acreditando que de facto se aproximavam forças
importantes, abandonaram o armamento, e fugiram. Esta força juntou-se
mais tarde com uns quatrecentos homens, que se espalharam por
Celorico da Beira, Sant'Ana da Serra, Almodôvar e outras povoações,
onde os guerrilheiros faziam distúrbios, e bem assim assaltos e
roubos às habitações. A força recebeu depois ordem de vir para
Lisboa, e Amaro José foi para infantaria n.º 1, que nesse tempo
estava aquartelado no Castelo da S. Jorge. Depois deixou de ser
corneta e passou a músico, tocando bombo, mas largando afinal essa
situação, foi feito tambor mor, e reformou-se. Amaro
José possuía a medalha da Torre e Espada e outras condecorações.
Na
festa militar que se realizou no hipódromo de Belém em 20 de janeiro
de 1907, foi o militar mais antigo que se apresentou.
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