Portugal - Dicionário

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O Portal da História Dicionário > D. António de Almeida Soares e Portugal, 4.º conde de Avintes e 1.º marquês do Lavradio
Brasão dos Almeidas
Brasão dos Almeidas, usado pelas casas de Avintes e do Lavradio

Lavradio (D. António de Almeida Soares e Portugal, 4.º conde de Avintes, 1.º conde e 1.º marquês do). 

 

n.      4 de novembro de 1699.
f.       [ 4 de junho de
1760 ].

 

Governador de Angola, vice-rei do Brasil, etc. Nasceu em 4 de novembro de 1699, faleceu na Baía em 1761. Era filho do 3.° conde de Avintes, D. Luís de Almeida Portugal, e de sua mulher e prima, D. Joana Antónia de Lima. 

A família dos condes e marqueses de Lavradio, assim como a dos condes de Avintes e de Assumar, é muito nobre, teve princípio em Gaio Guterres, cavaleiro do tempo de D. Sancho I, que por ter tomado aos mouros a praça de Almeida, ficou conhecido pelo nome de Almeidão (V. Assumar e Avintes). Foi um dos seus antepassados D. Francisco de Almeida, primeiro vice-rei da Índia. 

D. António de Almeida Portugal foi coronel dum regimento de infantaria da corte, e D. João V, em atenção aos serviços prestados por seu tio, o primeiro patriarca de Lisboa D. Tomás de Almeida, lhe fez mercê do senhorio da vila do Lavradio de juro e herdade, e da comenda de S. Pedro de Castelões. Concedeu-lhe igualmente o título de 1.º conde do Lavradio em 12 de janeiro de 1714, de que se passou carta a 17 de julho de 1725, título que já tivera Luís de Mendonça Furtado, vice-rei da Índia. O conde do Lavradio sucedeu na casa e comendas de seu pai, e em 1749 foi nomeado governador de Angola, sucedendo a João Jacques de Magalhães. Conservou-se naquele governo até 1754, em que foi substitui-lo António Alvares da Cunha. No seu tempo construiu-se em 1750 o novo edifício do Trem, concertou-se e embelezou-se a catedral. Em 1752 foram criados os regimentos de milícias; e nesse mesmo ano destruiu umas quadrilhas de salteadores que devastavam a província. El-rei D. José, em atenção aos seus próprios serviços e aos de seu tio D. Tomás de Almeida, o elevou a marquês de Lavradio, por decreto de 18 de outubro de 1753, concedendo lhe também a mercê duma vida em todos os bens da coroa e ordens, com outras mercês. 

O marquês do Pombal, ministro do rei D. José, tinha em muita consideração este fidalgo pelo seu génio reformador, e por isso o nomeou em 1760 vice-rei do Brasil indo substituir o conde dos Arcos, que durante cinco anos governou aquela opulenta colónia. O marquês do Lavradio partiu para a Baía, que era então a sede da colónia, e pouco depois de tomar posse do seu novo cargo, faleceu. Havia casado a 9 de outubro de 1726 com D. Francisca das Chagas Mascarenhas, que faleceu de parto em março de 1733, e era filha de D. Martinho Mascarenhas, 3.º marquês de Gouveia, mordomo-mor de D. João V, e de sua mulher, a marquesa D. Inácia de Távora, 

O brasão de armas é o mesmo usado pelos condes de Avintes: um escudo, em campo vermelho seis bezantes de ouro entre uma cruz dobre e bordadura do mesmo metal, timbre, uma águia bezantada de nove bezantes, sendo três no peito e três em cada asa.

 

 

 

Genealogia do 1.º marquês do Lavradio
Geneall.pt 

 

 

 

 

 

 

Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico,
Volume IV, pág. 89.

Edição em papel © 1904-1915 João Romano Torres - Editor
Edição electrónica © 2000-2015 Manuel Amaral