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O Portal da História Dicionário > José Pedro Celestino Soares, 1° visconde de Leceia

Leceia (José Pedro Celestino Soares, 1° visconde de).

 

n.      27 de novembro de 1786.
f.       6 de julho de 1874.

 

Cavaleiro e comendador da Ordem de S. Bento de Avis, cavaleiro e oficial da Torre e Espada, condecorado com a cruz n.º 1 de cinco campanhas da Guerra Peninsular; general de divisão, presidente do Supremo Conselho de Justiça Militar, deputado em várias legislaturas, etc. 

Nasceu a 27 de novembro de 1786, faleceu a 6 de julho de 1874.

Assentou praça de cadete a 4 de abril de 1803, sendo promovido a alferes a 9 de janeiro de 1809, a tenente em 27 de dezembro desse mesmo ano, a capitão em 15 de dezembro de 1814, a major em 9 de julho de 1827, a tenente coronel em 6 de agosto de 1832, a coronel em 25 de julho de 1833, a brigadeiro em 5 de setembro de 1837, a marechal de campo em 29 de abril de 1851, e a tenente general em 21 de outubro de 1857. Teve, por assim dizer, a sua educação militar na Guerra Peninsular, onde serviu com valor e distinção. Esteve nas batalhas de 1808, 1809, 1810, 1811 1812, 1813 e 1814, pertencendo ao Regimento de Infantaria n.º 10. 

Tomou depois parte na campanha da Liberdade, sendo mais duma vez elogiado pela sua ilustração e bravura, servindo em 1826 e 1827 no referido regimento, e em 1832, 1833 e 1834, no estado-maior imperial e no Regimento de Infantaria nº 15. Em 1831 teve de emigrar para Inglaterra, donde passou a Franca, embarcando ali no Belleville, como major dum batalhão de voluntários, e foi desembarcar na ilha Terceira em Fevereiro de 1832. Tomou parte no Exército Libertador que desembarcou em 8 de julho desse ano na praia do Mindelo. Pelo valor e abnegação com que se portou em muitos lances arriscado durante o cerco do Porto, e pela coragem que sempre mostrou no desempenho da sua melindrosa missão de assistente do ajudante general, granjeou merecidos elogios dos superiores. 

Na Crónica Constitucional do Porto, de 12 de julho de 1833, se engrandeceu o valor e abnegação com que se portou na acção do dia 5 anterior, estando ainda convalescente duma grave enfermidade. A Crónica Constitucional de Lisboa, no seu número 16, de 13 de agosto seguinte, também prestou homenagem ao valente oficial Celestino Soares, pelo denodo com que conduziu à carga a 6.ª companhia do seu regimento na acção de 25 de Julho. O visconde de Leceia foi vogal e depois presidente do Supremo Conselho de Justiça Militar. 

Faleceu com 87 anos de idade, tendo a patente de general de divisão. Casou em 1849 com D. Salomé Cândida de Seixas Celestino Soares, filha de Pedro Nolasco de Seixas, e de sua mulher, D. Maria Cândida Lopes. O título foi concedido por decreto de 26 de julho de 1861.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico,
Volume IV, pág.
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Edição em papel © 1904-1915 João Romano Torres - Editor
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