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D. Rodrigo de Sousa Coutinho
D. Rodrigo de Sousa Coutinho

Linhares (D. Rodrigo de Sousa Coutinho, 1.º conde de).

 

n.      4 de agosto de 1745.
f.       26 de janeiro de 1812.

 

Senhor de Paialvo, grã-cruz das ordens de Avis e da Torre e Espada, conselheiro de Estado, notável diplomata, etc. 

Nasceu em Chaves a 4 de agosto de 1745, faleceu no Rio de Janeiro a 26 de janeiro de 1812, sendo filho de D. Francisco Inocêncio de Sousa Coutinho e de D. Ana Luísa Joaquina Teixeira. Era irmão de D. Domingos António de Sousa Coutinho, conde e marquês do Funchal (V. este titulo). 

Seguindo a carreira diplomática, foi ministro plenipotenciário e enviado extraordinário em Turim, sendo depois chamado a Portugal em 1795, quando faleceu Martinho de Melo e Castro, para o substituir na pasta do ministério da marinha, em que prestou relevantes serviços, continuando a obra de reorganização encetada por aquele ministro criando o corpo de engenheiros construtores e a junta da fazenda de marinha. 

Depois, por morte do marquês de Ponte de Lima, foi nomeado presidente do Real Erário. O seu ministério ficou celebre pelo grande impulso que deu ás ciências desenvolvendo os trabalhos geodésicos, mandado Alexandre Rodrigues Ferreira fazer viagens botânicas no Brasil; mandou tentar a travessia da África de leste a oeste por Lacerda de Almeida, etc. 

Sendo demitido como partidário da aliança inglesa, quando o ministro francês, o general Lannes, aqui exerceu grande influência, emigrou para o Brasil com a família real, e apenas chegou ao Rio de Janeiro foi nomeado ministro dos negócios estrangeiros e da guerra. Também exerceu os cargos de inspector-geral do Gabinete de História Natural e do Jardim Botânico da Ajuda; da Biblioteca Pública de Lisboa; presidente do conselho de Fazenda e da Junta económica, administrativa e literária da Impressão Regia; da Junta da direcção geral dos provimentos de boca para o exército, da Junta do pagamento do novo empréstimo ao Erário Régio; presidente honorário da Sociedade Real Marítima; sócio honorário da Academia Real das Ciências de Lisboa. O título foi concedido por decreto de 17 de dezembro de 1808. O conde de Linhares era muito erudito, muito versado nas ciências naturais e políticas. 

Publicou somente, segundo consta, uma Memória sobre a verdadeira influencia das minas dos metais preciosos na industria das nações, especialmente na portuguesa; foi inserta no tomo I das Memórias Económicas da Academia Real das Ciências. 

O brasão de armas consta do seguinte: um escudo esquartelado; no primeiro quartel as armas dos Sousas Chichorros ou de Arronches; as armas do reino com um filete preto em contrabanda, que não chegue à orla, e passe por baixo do escudinho do meio; no segundo as armas dos Coutinhos; em campo de ouro cinco estrelas de vermelho com cinco pontas cada uma.

 

 

 

Genealogia de D. Rodrigo de Sousa Coutinho, 1.º conde de Linhares
Geneall

D. Rodrigo de Sousa Coutinho, 1.º conde de Linhares
Genealogy (Geni.com)

 

 

 

 

 

 

Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico,
Volume IV, pág.
214.

Edição em papel © 1904-1915 João Romano Torres - Editor
Edição electrónica © 2000-2015 Manuel Amaral