Ainda muito novo assentou praça em lanceiros, e matriculando-se na Escola Politécnica, concluiu em 1842 o curso de engenharia, seguindo depois para Lorient (França), onde cursou engenharia naval, obtendo grandes distinções. Regressando a Lisboa entrou ao serviço da marinha de guerra; fez algumas viagens de tirocínio, e em 1847 foi um dos oficiais que ficaram prisioneiros com o duque da Terceira durante quatro meses na Relação do Porto, na campanha da Maria da Fonte. Reorganizando-se o Arsenal da Marinha foi nomeado director das Construções Navais, lugar que exerceu perto de quarenta anos, devendo-lhe o país o plano e a superintendência na construção de todos os navios de guerra, que dessa época até ao ano de 1893 se fabricaram naquele estabelecimento fabril do Estado. 

Casou a 21 de fevereiro de 1816 com D. Ana de Mendonça Rolim de Moura Barreto, dama de sua majestade a rainha senhora D.  Maria Pia, filha da infanta D. Ana de Jesus Mana, e do 1.º duque de Loulé, seu marido. No mesmo ano do seu consorcio foi agraciado, durante a referida campanha de Maria da Fonte, com o habito da Torre e Espada, recebendo igualmente nessa mesma época o grande oficialato da Legião de Honra, pelos valiosos serviços prestados à armada francesa Foi deputado nalgumas legislaturas, sendo eleito pelos círculos de Évora e Setúbal; governador civil do Funchal, e por falecimento de seu pai, em 1857, tomou posse, por sucessão, na câmara dos pares na sessão de 23 de janeiro de 1858. Em 1857 foi nomeado por D. Pedro V seu camarista, cargo que exerceu também junto dos monarcas D. Fernando, D. Luís I, e do senhor D. Carlos I. Em 1884 foi agraciado por D. Luís com a grã-cruz da Ordem de N. Sr.ª da Conceição, por serviços prestados à Casa Real, recebendo com esta mercê uma carta regia muito honrosa. Aproximadamente um ano antes de falecer, reformou-se na patente de vice-almirante. O conde de Linhares foi sempre um fiel membro do partido progressista.