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Luna
(D. Mariana de).
n.
f.
Foi
segunda mulher de Diogo Soares, ministro em Madrid, durante parte da
dominação espanhola, e estava com seu marido em Madrid em 1632.
É
a esta senhora que, com todas as probabilidades, se refere Inocêncio
da Silva no seu Dicionário
Bibliográfico, por ser filha de um lente da universidade, Pedro
Barbosa da Luna, e por escrever o seu livro de versos em 1641, época
em que ainda vivia. O serem os versos escritos em português e
espanhol também não será indiferente, pois ela, como mulher de
Diogo Soares e tendo vivido em Madrid; fazia muito uso do castelhano
com certeza. Ainda, que naquele tempo, fosse um idioma empregado por
bastantes pessoas portuguesas, para, empregá-lo e principalmente em
verso, era necessário conhece-lo bem. O que é para admirar é que,
sendo o marido espanhol ela fosse portuguesa; mas naquele tempo de
servilismo se nos homens reinava o egoísmo bem pode ser que nas
mulheres reinasse o coração.
Escreveu
o Ramalhete de flores à
felicidade deste Reino de Portugal, em sua milagrosa restauração
por sua majestade D. Juan IV do nome e XVIII em número dos
verdadeiros reis portugueses, Lisboa, por Domingos Lopes Rosa,
1642. Consta
que era irmã de Miguel de Vasconcelos.
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