Tesoureiro-mor e enfermeiro-mor do hospital de Todos os Santos; senhor da quinta da Torre, da província de Entre Homem e Cávado, comendador da Ordem de Avis, coronel de infantaria, etc.

Publicou com o seu nome o seguinte, cujo longo título transcrevemos completo por ser um documento curioso, e não vulgar, que contém matéria de proveito para os que pretendem conhecer a origem a administração daquele estabelecimento em antigos tempos: Pelo breve Memorial expõe Jorge Francisco Machado de Mendonça ao Ill.^mo e Ex.^mo sr. Conde de Oeiras, do conselho de Sua Majestade, e seu secretário de Estado dos Negócios do Reino, o regime que tem estabelecido no Hospital real de Todos os Santos, donde por decreto do mesmo senhor é tesoureiro-mor executor de sua fazenda, e enfermeiro-mor. Relata-se a fundação deste hospital, e algumas notícias respectivas aos hospitais, pelo que tudo liquido pela real direcção de Sua Majestade Fidelíssima se emende o supérfluo, continuando‑se e dando se as providências necessárias e precisas, e as que forem do agrado do mesmo senhor. Declara-se também quanto Sua Majestade Fidelíssima com o seu real e generoso coração tem concorrido para o mesmo hospital, excedendo em grandeza a todos os seus reais predecessores, e o quanto os portugueses têm afortuna em serem vassalos de um rei tão pio e grande. Mostra-se recopiladamente a grandeza, dotes a actividade do seu ministro, e como amante da pátria esperam os cidadãos dela, e ainda os estrangeiros e peregrinos o seu patrocínio para com o mesmo senhor, Lisboa, 1761.