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Melo
(Gomes Soares de Albergaria
de).
n.
f. 12 de janeiro de 1514.
Alcaide-mor
de Torres Vedras; reposteiromor e conselheiro o rei D. Afonso V,
D. João II e D. Manuel. Era filho de D. Rui Gomes de Alvarenga do
conselho dos reis D. João I e D. Duarte, chanceler-mor do reino no
reinado de D. Afonso V, embaixador a várias cortes estrangeiras e
alcaide-mor de Torres Vedras, e de D. Milícia Soares de Melo.
Faleceu
na referida vila de Torres Vedras em 12 de janeiro de 1514, sendo
sepultado no convento do Varatojo, numa capela que mandara fazer no
claustro.
Foi
um militar valente, que entrou em muitas batalhas, ficando
prisioneiro na batalha de Toro, em maio de 1476, sendo restituído
à pátria pelo tratado de paz de 4 de setembro de 1479. Alonso
Lopes de Haro, no seu Nobiliário
genealógico de Espanha, diz que Gomes Soares de Albergaria de
Melo fez parte dos bandos armados contra D. Pedro de Noronha, senhor
do Cadaval e mordomo-mor de D. João II, e que em um dos combates
que houve por causa desses bandos, morreu D. Henrique de Noronha,
irmão de D. Pedro. D. António Soares de Alarcão, na Relação
genealógica da casa de Alarcão, diz que D. João II mandou
chamar à corte Gomes Soares de Albergaria de Melo e que este
respondeu ao que lhe trouxe o aviso: “Dizei a sua alteza, que se
me chama para me fazer mercê, eu não as mereço nem pretendo; e se
é para me mandar cortar a cabeça, em Torres Vedras há
pelourinho.”
Gomes
Soares de Albergaria de Melo casou com D. Filipa de Castro, filha de
D. Garcia de Castro, da casa dos condes de Monsanto. Deste consórcio
houve uma única filha, D. Margarida Soares de Castro, que herdou a
casa e honras de seu pai. Esta senhora casou com D. João de Alarcão,
fidalgo castelhano, que veio para Portugal em 1501, com sua mãe,
camareira-mor da rainha D. Maria, segunda mulher do rei D. Manuel, e
a quem este monarca deu a alcaidaria-mor de Torres Vedras para ele e
seus herdeiros.
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