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Monte
Alegre
(Luís Vaz Pereira Pinto Guedes, 2.º visconde de).
n.
10 de agosto de 1770.
f. 10 de maio de 1841.
Moço
fidalgo por alvará de 20 de dezembro de 1778, comendador das ordens
de Cristo e da Torre e Espada, condecorado com a cruz de campanha da
Guerra Peninsular, brigadeiro, etc. Nasceu a 10 de agosto de 1770, e
faleceu a 10 de maio de 1841.
Foi
2.º visconde de Monte Alegre pelo seu casamento, realizado em 13 de
fevereiro de 1804, com D. Inês Maria Cândida Pinto Bacelar, que
herdara o título de viscondessa de Monte Alegre, sendo filha do 1.º
visconde, Manuel Pinto de Morais Bacelar. Esta senhora nasceu a 24
de novembro de 1785, e faleceu a 15 de agosto de 1819. Sua irmã
primogénita, D. Maria Águeda, lhe sucedeu a 18 de fevereiro de
1804, todos os seus direitos hereditários, e por isso teve o título
e foi senhora dos morgados de S. Miguel do Seixo, e de N. Sr.ª da
Assunção de Vilar de Ossos. Luís Vaz Pereira Pinto Guedes era .
irmão do 1.º visconde de Vila Garcia, José Vaz Pereira Pinto
Guedes Alistou-se no exército em abril de 1784, e sendo reconhecido
cadete foi despachado alferes em fins do ano de 1792 e promovido a
tenente em 1796. Deixando o serviço militar quando Junot entrou em
Portugal, tomou parte activa na revolução de 1808 contra os
franceses, e sendo em outubro desse ano elevado a capitão, passou a
servir de ajudante ao general Bacelar (1.º visconde de Monte
Alegre) e ao lado deste se conservou durante todo o tempo da Guerra
da Península, e ainda depois no governo da Beira, até que pelo
falecimento daquele general, sendo já então tenente coronel, foi
colocado no Regimento de Cavalaria n.º 2 para o qual foi promovido
a coronel em 1820.
Tendo-lhe
sido dada a graduação de brigadeiro em 1823, achava-se em Trás-os-Montes
quando, em julho de 1826, chegou a Portugal o ministro Carlos Stuart
com a Carta Constitucional, que D. Pedro outorgara, e resolvido o
partido absolutista a opor-se pela força das armas ao
estabelecimento do regime liberal no nosso país, foi o visconde de
Monte Alegre quem levantou o primeiro grito da revolta. Na noite de
26 para 27, o visconde sublevou em Bragança o regimento n.º 21 de
infantaria, prendeu o bispo, o governador militar e todos os
oficiais que não quiseram aderir ao movimento, mas este não
progrediu e os revoltosos tiveram de se acolher a Espanha, onde em
resultado do espirito absolutista do governo, foram recebidos com a
mais benévola hospitalidade. Daí a pouco Magessi rebelava-se no
Alentejo, o visconde de Monte Alegre vinha a Portugal revoltar
infantaria 11 de guarnição em Almeida, e o marquês de Chaves,
levantando também algumas partidas em Trás-os-Montes, engrossavam
as fileiras do partido miguelista que favorecidas pela protecção
do governo espanhol se iam organizando. Em fins de novembro os
revoltosos passavam de novo a fronteira, invadiam Portugal por
Bragança, onde depois de renhido combate e de tenaz defesa forçaram
o general Valdez (depois conde de Bonfim) a capitular, e ganhando
novas forças sustentaram com os liberais a luta, que só veio a
terminar no ano seguinte, regressando o visconde de Monte Alegre e
os outros chefes miguelistas com as tropas que os seguiam para
Espanha. No tempo do governo de D. Miguel voltou o visconde à pátria
e sendo-lhe então dada a efectividade do posto de brigadeiro e
promovido depois a marechal de campo, exerceu várias comissões,
entre as quais se contam a de presidente da comissão mista e a de
governador da praça de Valença. Pouco depois de terminada a guerra
civil foi demitido em outubro de 1834.
Escreveu:
Memória
e exposição autentica
da conduta
civil e militar de. . ., desde 1821 até 1823, Lisboa, 1833.
Luís Vaz Guedes Pereira Pinto, 2º visconde de Montalegre Genealogy (Geni.com)
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