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Observatório
astronómico.
Edifício
especial onde se fazem observações astronómicas e meteorológicas.
A
criação de observatórios afectos ao estudo seguido dos fenómenos
celestes parece remontar à mais alta antiguidade; a torre de Belo,
em Babilónia, e o túmulo de Osimandias, no Egipto, parecem ter
tido esta aplicação. Eratóstenes estabeleceu o observatório de
Alexandria, que existiu até ao século 5. Os árabes e os chineses
também construíram edifícios deste género. O primeiro observatório
criado por um príncipe foi construído em Cassel, em 1561, pelo
landgrave de Hesse, Guilherme IV, e abandonado em 1593. Tycho-Brahe
fez construir, em 1576, o de Uraniburgo, na ilha de Hoven, entre
Elsenor e Copenhaga. Depois desta data criaram-se observatórios em
todas as principais cidades da Europa.
O
primeiro observatório astronómico que existiu em Portugal foi em
1798 o Observatório Real de Marinha. Na Tapada da Ajuda existe o Real
Observatório Astronómico de Lisboa, cujo fim principal é
contribuir para o adiantamento da astronomia sideral, especialmente
no que diz respeito à determinação das paralaxes das estrelas, ao
estudo das estrelas múltiplas e variáveis, ao das nebulosas, ou a
outros quaisquer problemas relativos à constituição geral do
universo e que dependam de rigorosas observações astronómicas
siderais. Entre os objectivos secundários figura a transmissão
telegráfica da hora oficial ás estações semafóricas e outros
pontos do país. O último regulamento do Observatório foi aprovado
por decreto de 20 de junho de 1903. Na Escola Politécnica de Lisboa
há o Observatório Astronómico, e o Meteorológico do infante
D. Luís, cuja descrição feita por Dias Pegado se pode ler no Alrnanaque
ilustrado e enciclopédico de 1856. No Arsenal de Marinha
funciona um observatório astronómico, que serve de posto cronométrico.
Na Universidade de Coimbra há também um observatório astronómico,
com tradições muito notáveis. Na serra do Pilar está
estabelecido o Observatório Meteorológico da Princesa D. Amélia.
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