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Odemira
(D. Sancho de Noronha, 1.º conde de).
n.
[
c. 1390 ].
f.
Adiantado
do reino do Algarve, do conselho do rei D. Afonso V, governador e
capitão general em Ceuta. Era filho de D. Afonso, conde de Gijón e
Noronha, filho de Henrique II de Castela; sua mãe era D. Isabel,
filha bastarda do rei D. Fernando de Portugal.
Foi
feito conde de Odemira, por mercê de D. Afonso V, por carta régia,
passada em Évora a 9 de outubro de 1446. Como fora este fidalgo um
dos que mais haviam contribuído para a perda do infante D. Pedro,
duque de Coimbra, foi também ele um dos que tiveram parte nos
despojos. D. Afonso V deu-lhe a vila de Portalegre e seu castelo,
que pertencera a seu tio, o referido D. Pedro, por mercê feita em
Lisboa a 21 de novembro de 1448, mas os portalegrenses, dando um
nobre exemplo de lealdade e de energia, recusaram positivamente
passar para o seu novo senhor, e firmando-se num dos privilégios do
seu foral, conseguiram repelir o jugo. O conde de Odemira foi então
nomeado governador e capitão general de Ceuta. Em 1452 estava
naquela praça, quando o infante D. Fernando saiu de Évora, e
passando ao Algarve embarcou para África. O conde de Odemira foi
também senhor de Vimieiro, Aveiro, Mortágua e de outras terras,
alcaide-mor de Elvas, de Estremoz, e comendador-mor da Ordem de S.
Tiago.
Casou
com D. Mécia de Sousa, senhora de Mortágua, filha herdeira de Gonçalo
Eanes de Sousa. Esta senhora era descendente da antiquíssima casa
que lhe deu o apelido, que acabando-se a varonia, veio a conseguir a
varonia real portuguesa, deduzindo-se do rei D. Afonso III, de quem
era bisneto Martim Afonso de Sousa, 3.º conde do seu nome e segundo
senhor de Mortágua, pai de Gonçalo Eanes de Sousa, que foi o pai
da condessa D. Mécia.
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