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Oliveira
Mendes (Luís
António de).
n.
1750.
f. c. 1814.
Bacharel
formado em Leis pela Universidade de Coimbra, advogado da Casa da
Suplicação, sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa, etc.
. Nasceu na Baía em 1750, onde também faleceu depois do ano de
1814.
Veio
para Lisboa, matriculou-se na referida Universidade, formou-se em
Leis, no ano de 1777, tendo também frequentado como voluntário as
aulas de Filosofia e Medicina. Foi por muitos anos advogado na Casa
da Suplicação, regressando depois ao Brasil.
Escreveu:
Memória
analítico demonstrativa da máquina de dilatação e de contracção,
para socorro nos Incêndios, Lisboa, 1792, com uma estampa; Tentativas
ou ensaios, em que tem entrado o autor da máquina de dilatação, e
de contracção, e da Memória analítica demonstrativa dela,
Lisboa, 1752. Sobre este assunto veja-se uma Memória do visconde de
Vilarinho de S. Romão, inserta nos Anais da Sociedade Promotora
da Industria Nacional, 1.° ano, pág. 221; veja-se também o
relatório de 1871 sobre os serviços de incêndios, escrito por
Carlos José Barreiros, então inspector-geral, a pág. 57. Discurso
académico ao programa: «Determinar em todos os seus sinptomas as
doenças agudas e crónicas, que mais frequentemente acometem os
pretos recém chegados da África, examinando as causas da sua
mortandade depois da sua chegada ao Brasil», etc.; inserto nas Memórias
Económicas da Academia Real das Ciências, tomo IV; Discurso
sobre a verdade ultrajada ,e triunfante. Inocêncio da Silva, no
V.º vol. do Dicionário bibliográfico, diz constar-lhe que
saíra impresso este discurso, acompanhado duma estampa, mas não
pudera obter vê-lo. Duma nota autografa que conservava em seu
poder, constava que o escritor compusera até ao ano de 1810 (data
da referida nota) várias outras obras, que estavam ainda inéditas,
não sabendo se acaso se imprimiram depois dessa data, mas julga
provável que todas, ou a maior parte, se extraviariam por sua
morte, se antes disso se não desencaminharam. Em seguida menciona
os títulos das principais: Imperio da razão: dirigido a formar
o homem útil a si e à pátria; o que em si compreende os princípios
duma boa e perfeita educação, etc. Tomo I, em cujo fim
se achava o prospecto e indicação de capítulos que havia de
concluir o tomo II; Anotações sobre o aumento da agricultura de
Portugal; o autógrafo fora oferecido e entregue pelo autor a Luís
Pinto de Sousa Coutinho, visconde de Balsemão, quando ministro de
Estado; O verdadeiro e perfeito heroísmo do homem; com uma
estampa desenhada pelo mesmo autor; A filáucia, ou demonstração
dos erros e defeitos que são provenientes do amor próprio;
também com uma estampa, invenção do autor; Memória sobre a criação
dos carneiros em Portugal, para que deles se possa extrair lã tão
fina, e de fio tão comprido como a de Espanha e Berbéria; foi
premiada pela Academia Real das Ciências de Lisboa; Memória
sobre o modo e o sistema que se deve observar para se aperfeiçoarem
as diferentes espécies de pinheiros em Portugal, de maneira que a
sua madeira seja própria e aplicável para todos os usos, etc., ao
que se junta a extracção do alcatrão, etc.; Discurso
preliminar histórico à descrição económica. da comarca da
cidade da Bahia, em que se entra no paralelo do comércio e da
navegação antiga e moderna, etc.; Descrição económica da
comarca da cidade da Bahia, a qual se termina com a tabua calculada
das diversas espécies dos seus habitantes; parte primeira das seis,
em que ela se divide; Descrição da capitania de Moçambique,
suas povoações e produções; A tragicomedia de Berenice,
drama épico; Dicionário da língua africana, com restrição
ao, reino Daomé, por ser o mais conhecido, e com quem mais se comerceia,
além do de Angola; existia completa a letra A, e estavam
em continuação as seguintes: Elogio histórico do senhor rei D.
Diniz; Oração latina, recitada em sessão, quando foi
nomeado sócio correspondente da Academia;
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Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico, Bibliográfico, Numismático e Artístico,
Volume V, págs. 240-241.
Edição em papel © 1904-1915 João Romano Torres - Editor
Edição electrónica © 2000-2015 Manuel Amaral
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