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Pimentel
Pinto
(Luís Augusto).
n.
6 de março de 1843.
f. [
7 de junho
de 1913 ].
General
de divisão; conselheiro do rei e de Estado; par do Reino,
deputado, ajudante de campo honorário do rei, ministro de Estado
honorário, comandante da Escola do Exército, vogal da secção do
exército do Supremo Conselho de Defesa Nacional, vogal da Junta do
Crédito Público em 1896 e 1902. etc.
Nasceu
em Chaves a 6 de março de 1843.
Cursou
os preparatórios no Colégio Militar, assentando depois praça a 15
de agosto de 1859 na 4.ª companhia do Regimento de Cavalaria n.º
2, Lanceiros, matriculando-se em seguida na Escola do Exército,
continuando o curso dessa arma.
Foi
promovido a alferes em 27 de junho de 1860, a tenente em 10 de outubro de 1866, a capitão em 4 de
março de 1874, a major em 31 de outubro de 1884, a tenente-coronel em 4 de
janeiro de 1888, a
coronel em 13 de agosto de 1890, a general de brigada em 23 de dezembro de 1898, e a general de divisão em 15 de
junho de 1906.
Exerceu várias comissões importantes de serviço, como os cargos de
ajudante de campo, promotor de justiça nas 4.ª e 1.ª divisões
militares, director da administração militar, etc.
Entrando
na política filiado no Partido Regenerador, foi deputado pela
primeira vez em 1890, eleito pelo círculo de Angra do Heroísmo,
afirmando-se desde logo um distinto orador parlamentar, discutindo
todos os assuntos que interessavam ao exército e à defesa
nacional. Em várias legislaturas tornou a ser eleito. Em 1893 foi
convidado pelo falecido chefe do Partido Regenerador Hintze Ribeiro
para fazer parte do ministério por ele presidido, organizado em fevereiro desse ano, e ficou dirigindo a pasta da guerra; este
ministério prolongou-se até abril de 1896. Nesta sua gerência
promulgou medidas de alto valor, entre as quais se notam as
relativas ao recrutamento, promoções e remonta; as reformas da Ordem militar de S. Bento de Avis, da instrução militar, do
regulamento disciplinar, do código de justiça militar e dos serviços
de saúde; as expedições ao ultramar, a criação duma grande
cooperativa militar com a sede em Lisboa, os trabalhos de defesa e
serviços de engenharia, etc.
Em
1895 organizou a
expedição a África, a qual sob o comando do general Galhardo, então
no posto de coronel tanto se distinguiu na campanha contra os vátuas
e landins, alcançando glorioso renome para Portugal. Foi eleito par
do reino no ano seguinte, tomando posse na respectiva câmara na
sessão de 9 de maio de 1896. No gabinete organizado em abril de
1900, da presidência do citado estadista Hintze Ribeiro, tornou a
ser ministro da Guerra, e depois no que se organizou em fevereiro de
1903. Apresentou então outras medidas de extraordinário alcance
para o exército, avultando entre elas as que dizem respeito ao
armamento da infantaria e da artilharia de campanha; as obras de
fortificação do porto de Lisboa e o seu artilhamento; a reforma do
arsenal do exército, tornando-o apto para fabricar todo o
municionamento das diferentes armas e mesmo para o fabrico de peças
de campanha; o estabelecimento do campo de tiro em Alcochete; o
estabelecimento do depósito e oficinas de fardamento, etc. Foi o sr. general Pimentel Pinto quem realizou em
outubro de 1901 as
manobras militares de Outono, as quais se efectuaram brilhantemente
nos terrenos compreendidos entre a encosta sul da serra de Sintra, o
Tejo e as ribeiras de Lago e da Seda; em setembro de 1904,
realizaram-se outras manobras militares, a que assistiram as pessoas
reais, sendo escolhida a pitoresca região do Buçaco. Foi ministro
novamente, sobraçando sempre a pasta da guerra, no gabinete
presidido por Hintze Ribeiro, organizado em abril de 1906.
O
sr. general Pimentel Pinto é grã-cruz da Ordem de S. Bento de Avis
por serviços distintos, grande oficial, também por serviços
distintos, e cavaleiro da mesma ordem; cavaleiro da de N. Sr.ª da
Conceição de Vila Viçosa; grã-cruz da Águia Vermelha, da
Alemanha, de S. Maurício e S. Lazaro, de Itália, do Mérito
Militar de Espanha, e de Sant'Ana, da Rússia.
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Luís Augusto Pimentel Pinto 1850-1913 Genealogy (Geni.com)
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