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Pinheiro
(Diniz).
n.
23 de setembro de 1855.
f. 12 de abril de 1894.
Artista
dramático muito apreciado.
Nasceu
no Porto em 23 de setembro de 1855, onde também faleceu em 12 de abril
de 1894.
Era
tipógrafo, mas sentindo grande vocação para a arte dramática,
resolveu seguir a vida de actor, e aos dezoito anos de idade,
estreou-se no teatro da Trindade, do Porto, entrando no drama Um mártir
da Vitoria. Esteve depois nos teatros Baquet, e Príncipe Real,
fazendo boa carreira, representando nas operetas: Perichole.
Bilha quebrada, Chapéu de três bicos, Mascote, Os sinos de
Corneville, etc. Veio depois para Lisboa, escriturado para o Ginásio,
onde se conservou alguns anos, entrando em grande parte do repertório,
sendo sempre aplaudido. Passou mais tarde à Trindade, debutando a
20 de dezembro de 1881 na opereta a Ave
azul, sendo muito bem recebido pelo público. Permaneceu neste
teatro até 1892, entrando nas operetas: Mocidade
de Figaro, Princesa
das Canárias,
Moleiro de
Alcalá, Cavaleiros
andantes, Gato preto, Moira de Silves, Sorte Grande, Colégio
de meninas, Tio Celestino, etc. Saindo então da Trindade no
referido ano de 1892, tentou diversas empresas, sendo uma delas no
teatro da Avenida, sendo sempre infeliz, sofrendo muitos desgostos e
prejuízos.
Diniz
era bastante inteligente e activo, mas dotado dum génio arrebatado;
as contrariedades que o não deixavam, muito influíram no seu ânimo,
e nos últimos tempos da sua vida andava numa continua excitação
nervosa, que lhe atraía bastantes conflitos, até que por fim se
suicidou, disparando um tiro de revolver no peito, numa rua do
Porto, na madrugada de 12 de abril de 1894, contando apenas trinta e
nove anos de idade. As causas que o obrigaram a tão desesperada
resolução ficaram envoltas no mais profundo mistério.
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