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Ponte
de Lima
(D. Tomás Xavier de Lima Nogueira Vasconcelos Teles da Silva,
14.º visconde de Vila Nova da Cerveira e 1.º marquês de).
n.
12 de outubro de 1727.
f. 23 de dezembro de 1800.
Ministro
e secretário de Estado dos Negócios do Reino.
Nasceu
em Ponte de Lima a 12 de outubro de 1727, faleceu a 23 de dezembro
de 1800. Era filho de D. Maria Xavier de Lima e Hohenloe, 13.ª
viscondessa de Vila Nova da Cerveira, herdeira de toda a grande casa
de seus pais e avós, casada com Tomás Teles da Silva, filho dos 2.os
marqueses de Alegrete.
D.
Tomás Xavier de Lima, como filho duma vítima do marquês de
Pombal, pois que seu pai esteve preso por ordem daquele ministro no
castelo de S. João da Foz, foi muito considerado por D. Maria I, e
quando o marquês de Angeja deixou o ministério por ser nomeado
presidente do real Erário, recebeu o visconde de Vila Nova da
Cerveira a gerência da pasta dos Negócios do Reino. Conta-se que
pouco antes obtivera a viscondessa sua mulher uma sentença do
desembargo do Paço que declarava seu marido incapaz de gerir os negócios
do casal. Não podia haver, na verdade, melhor recomendação para
um ministro. A 17 de outubro de 1778 obteve o novo ministro despacho
que declarava seu pai inocente. Seis anos depois da sua subida ao
ministério, adoeceu o marquês de Angeja, e o visconde de Vila Nova
da Cerveira substituiu-o interinamente na presidência do real Erário,
passando a exercer este lugar definitivamente, em 1788, quando
faleceu o marquês, cedendo então a pasta do reino a José de
Seabra. Recebeu logo também a nomeação de mordomo-mor da Casa
Real, e por decreto de 17 de dezembro de 1790 foi elevado a marquês
de Ponte de Lima. Como ministro era, por assim dizer, uma perfeita
nulidade. Durante o seu ministério não se ocupou senão de coisas
frívolas, ou de prodigalidades condenáveis. Tratou de fixar as
cores das fitas das condecorações das ordens de Cristo, Avis a S.
Tiago, e tratou de erigir um edifício monumental para o Erário,
que nunca concluiu, lançando apenas na praça da Patriarcal
Queimada, hoje praça do Príncipe Real, os formidáveis alicerces
que custaram 2 ou 3 milhões de cruzados. Além disso, procurou
destruir uma das principais reformas do marquês de Pombal,
distraindo de novo da coroa, para onde tinham revertido, muitas
comendas que distribuiu pelos seus afeiçoados.
Este
personagem bem insignificante foi presidente do real Erário, membro
do conselho de Estado, grã-cruz da Ordem de Cristo, mordomo-mor da
Casa Real, presidente do Conselho de Fazenda, da junta provisional
do Erário, da junta da administração dos fundos aplicados ao
pagamento do novo empréstimo, presidente da real Junta do Comércio,
da do posto médico, das juntas plena e ordinária da revisão e
censura do novo código, inspector geral das obras públicas,
director e inspector do real Colégio dos Nobres, inspector geral da
real Biblioteca Pública, sócio honorário da Academia Real das Ciências
de Lisboa, e um dos presidentes honorários da Sociedade real Marítima,
Militar e Geográfica. O marquês de Ponte de Lima só possuía
vastos conhecimentos em ciências teológicas que pouco lhe servia.
Casou
a 4 de julho de 1749 com D. Eugénia Maria Josefa de Bragança,
filha dos 4.os marqueses de Alegrete.
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Genealogia
do 1.º marquês de Ponte de Lima
Geneall.pt
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